Artigo

Nova variante do coronavírus “Éris”: o que precisamos saber

 

Alessandro Castanha da Silva (*).

Recentemente, ouvimos nos noticiários sobre uma nova variante da Ômicron, denominada Éris, detectada na França no início do mês de agosto. Esta é uma subvariante, altamente transmissível da cepa EG.5, que apresenta uma modificação adicional na proteína spike. Além da França, outros países da Europa, Asia e Estados Unidos já apresentaram casos confirmados do vírus.

Devemos levar em consideração que tais países encontram-se no hemisfério norte, e que nesta época do ano é verão por lá. Desta forma, temos o aumento de aglomeração de pessoas, o que acaba facilitado a transmissão. Para os pesquisadores, tal situação era esperada, visto que ocorre um decréscimo da eficácia da vacina com o tempo e da redução das medidas de segurança, como o uso do álcool gel e máscara. Vale ressaltar que o declínio da eficácia da vacina já é previsto, assim como o que ocorre com a vacina para gripe.

Uma pergunta que fazemos neste momento é: teremos uma nova pandemia de coronavírus? Por enquanto, a resposta é não. Pois esta é uma versão mais branda que a própria Ômicron, ou seja, considerada como um fator positivo por reforçar o sistema imunológico. Ainda assim, surgem outras questões como: então, não precisamos tomar todos os cuidados como no início da pandemia?  Sim, precisamos! O cuidado é sempre necessário, pois sabemos que os vírus são altamente mutáveis e que estes podem, em suas novas subvariantes, trazer uma versão mais agressiva. A grande diferença, neste momento, é que para cada situação encontrada será necessário tomar medidas específicas, diferentemente do que enfrentamos durante a pandemia.

O que se recomenda é que as pessoas continuem se vacinando com as doses de reforço, utilizando o álcool gel e todos os cuidados mínimos para evitar a infecção. O coronavírus permanece no nosso meio e assim será por muitos anos ainda, pois o vírus continua evoluindo. Apesar da pandemia ter acabado e até o presente momento nenhuma variante ser motivo de grande preocupação, ainda temos muito a pesquisar sobre a redução da imunidade ao longo do tempo mantendo a vigilância epidemiológica.

(*) Alessandro Castanha da Silva é biólogo, especialista em Microbiologia Clínica, Doutorando do Programa de Pós Graduação e Ciências Farmacêuticas

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