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Nova variante – Anvisa recomenda suspensão do desembarque de passageiros vindos de 6 países africanos

A Anvisa recomenda restringir voos da África do Sul e cinco países por causa da nova variante do vírus B.1.1.529. Ontem o Ministro da Justiça Anderson Torres falou ser contra a recomendação que o governo exigisse comprovante de vacinação para estrangeiros que cheguem ao Brasil

“É uma variante que possui características mais agressivas e que, obviamente, requer das autoridades sanitárias mundiais medidas imediatas. É exatamente o que fizemos há poucos minutos. Já enviamos nossas notas técnicas para os ministérios da Casa Civil, Saúde, Infraestrutura e Justiça no sentido que voos vindos desses países, são países localizados no sul do continente africano, sejam temporariamente bloqueados, não venham para o Brasil”, explicou o diretor da Anvisa,  Antonio Barra Torres à GloboNews.

A Anvisa informa, contudo, que a efetivação das medidas sugeridas depende de portaria interministerial editada conjuntamente pela Casa Civil, pelo Ministério da Saúde, pelo Ministério da Infraestrutura e pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

“A prevenção deve ser feita agora. Quando se perde o tempo de prevenção, entramos no tratamento. Tratamento é aquilo que já vimos: são UTIs lotadas, famílias sendo ceifadas. Não há sentido em aguardar esse tipo de coisa. É claro que, se surgirem informações outras que nos levem a rever esse assessoramento, faremos”, afirmou Barra Torres

Foram confirmados dez casos em três países (Botsuana, África do Sul e Hong Kong) por sequenciamento genético, mas a nova variante causou grandes preocupações aos pesquisadores porque algumas das mutações podem ajudar o vírus a escapar à imunidade. Dos dez casos. 06 foi na África do sul.

A variante B.1.1.529 tem 50 mutações sendo que  32 somente  na proteína spike, a parte do vírus que a maioria das vacinas usa para preparar o sistema imunológico contra a covid-19. As mutações na proteína spike podem afetar a capacidade do vírus de infectar células e se espalhar, mas também dificultar o ataque das células do sistema imunológico sobre o patógeno.

O virologista do Imperial College London Tom Peacock revelou que “a quantidade incrivelmente alta de mutações de pico sugere que isso pode ser uma preocupação real”.

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Jorge Roriz

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