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Vacina com microagulhas

Uma nova maneira de imunização contra a gripe foi apresentada por pesquisadores nesta terça-feira (27). De acordo com a pesquisa, agora, no lugar de uma única aplicação com uma agulha intramuscular, a dose da vacina poderá ser dada por meio de um com um adesivo com outras microgaulhas que se dissolvem na pele. Os resultados foram publicados na revista “The Lancet”.

O estudo foi financiado pelos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH, em inglês), em parceria com Instituto de Tecnologia da Georgia e a Universidade Emory. O método promete ser uma alternativa à aplicação dolorida de agulhas e seringas e, com o avanço das pesquisas, poderia eliminar o desconforto das injeções e a necessidade de ir até uma clínica para receber uma dose.

De acordo com o G1, o produto tem 100 microagulhas solúveis na água, o suficiente para penetrar na pele. “A pele é um órgão de vigilância imunológica”, disse Mark R. Prausnitz, que colaborou com o projeto. “Ela é nossa interface para o mundo exterior, por isso está bem equipada para detectar um patógeno e montar uma resposta imune”, completou.

Os testes com produto envolveram 100 pacientes adultos, divididos em quatro grupos: vacinação com o adesivo de microagulhas administrado por um profissional de saúde; vacinação com o adesivo auto-administrado; vacinação com uma injeção intramuscular administrada por um profissional de saúde; placebo aplicado com microagulhas na pele, com a ajuda de um profissional de saúde.

Os pesquisadores usaram para a pesquisa uma vacina contra a gripe referente à temporada de 2014/2015 e descobriram que a vacinação feita com adesivo é segura, sem consequências graves — alguns pacientes tiveram reações locais na pele, onde estavam as microagulhas, descritas como “vermelhidão fraca e irritação suave”, com uma duração de dois a três dias.

Os resultados também mostraram que a resposta dos anticorpos à vacina, medida pela análise de amostras de sangue, era semelhante à dos grupos vacinados usando a injeção tradicional. Essa imunização ainda ocorria seis meses após a aplicação. Mais de 70% dos pacientes dos testes disseram que preferiam receber a vacina por meio do adesivo.

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