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Nova esperança para paralíticos

Após a criação de uma fita prostética, equipada com eletrodos e esticada ao longo da medula espinhal, cientistas franceses conseguiram fazer com que ratos com diversos danos na espinha dorsal voltassem a andar através de um implante.

O sucesso da pesquisa com os animais abre mais uma porta de esperança para seres humanos. A prótese é maleável e consegue se adequar aos tecidos que revestem a espinha dorsal, evitando desconforto ao paciente. Depois de algumas semanas de treinamento, ratos com paralisia que receberam o implante foram capazes de andar sozinhos.

O implante, chamado de “e-Dura”, é eficiente pois imita o tecido mole que fica ao redor da espinha (o dura-máter), de forma que o organismo não rejeita sua presença e os pesquisadores da École Polytechnique Féderale de Lausanne, na França, acreditam que o aparelho pode durar 10 anos em humanos, antes de precisar ser trocados. O implante o que abre possibilidades terapêuticas para pacientes que sofrem de traumas ou distúrbios neurológicos, especialmente os que sofreram danos na espinha.

Experimentos anteriores, conforme os pesquisadores, mostraram que  mostraram que eletrodos e substâncias químicas implantadas na espinha podem assumir o lugar do cérebro e estimular nervos, fazendo com que as pernas se movam involuntariamente quando acionadas.Esse é o primeiro estudo a mostrar que um simples dispositivo pode ajudar ratos a andar novamente e ser tolerado pelo organismo.

Segundo a  matéria publicada na Revista Exame, os cientistas tiveram problemas para encontrar um aparelho que pudesse ser inserido próximo à espinha ou cérebro, porque ambos os órgãos são revestidos por um tecido que inflama ao ser ferido pela superfície dura de implantes.

O novo dispositivo, porém, é flexível o suficiente para ser inserido diretamente na medula espinhal. Ele imita as propriedades mecânicas do tecido vivo e pode fornecer impulsos elétricos e drogas que ativam as células.

O implante é feito de silício e coberto com fios de ouro capazes de conduzir eletricidade. Já os eletrodos são de platina e também podem ser entortados em qualquer direção, sem quebrar.

Pesquisadores acreditam que o dispositivo poderá ser usado em pacientes com epilepsia, mal de Parkinson e com dores crônicas. Os cientistas esperam começar os testes clínicos em humanos nos próximos anos. O Portal Saúde no Ar está na torcida para que tudo dê certo.

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Patricia Tosta

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