Nova droga para câncer no pulmão

Pesquisa conduzida por cientistas americanos e europeus revelou que um novo tratamento contra o câncer de pulmão pode mais do que dobrar a sobrevida de alguns pacientes. Eles afirmam que uma nova droga, chamada Nivolumab, impede que as células cancerígenas se escondam dos sistemas de defesa do corpo humano, deixando o tumor mais vulnerável à ação dos anticorpos.

Os cientistas chegaram aos resultados após conduzirem um experimento com 582 pessoas. As descobertas foram publicadas na revista científica American Society of Clinical Oncology e descritas como “uma esperança real para os pacientes”.

O câncer de pulmão é o mais letal, matando cerca de 1,6 milhão de pessoas por ano no mundo.  Como a doença é de difícil tratamento e normalmente tem diagnóstico tardio, as chances de sobrevida do paciente são significativamente reduzidas após a descoberta do tumor.

O sistema imunológico humano é treinado para combater infecções, mas também ataca partes do corpo quando elas apresentam um mau funcionamento -é o caso do câncer. No entanto, tumores apresentam alguns “truques” de forma a sobreviver a esses ataques naturais.
Eles produzem uma proteína chamada PD-L1 que desliga qualquer parte do sistema imunológico que tenta atacá-los.

A Nivolumab faz parte de uma série de drogas chamadas “inibidores de checkpoint” sendo desenvolvidas por laboratórios farmacêuticos.
O medicamento impede que as células cancerígenas “desliguem” o sistema imunológico, deixando-as vulneráveis ao ataque do próprio corpo humano.

O experimento, conduzido na Europa e nos Estados Unidos, foi realizado em pacientes com câncer de pulmão em estágio avançado e que já haviam recorrido a outros tipos de tratamento. A Nivolumab faz parte de uma série de drogas chamadas “inibidores de checkpoint” sendo desenvolvidas por laboratórios farmacêuticos.

Aqueles que se submetiam ao tratamento comum viviam, em média, 9,4 meses após iniciar a terapia, enquanto que os que tomavam Nivolumab viviam, em média, mais 12,2 meses.

No entanto, alguns pacientes tiveram um desempenho espetacular. Aqueles com tumores que produziam altos níveis de PD-L1 chegaram a viver por mais 19,4 meses. No entanto, a reportagem avisa que o tratamento é caro e que são poucas as instituições que poderiam usá-lo.

Fonte:  Bristol-Myers Squibb

A.V.

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