O navio mercante Bouboulina, da empresa grega Delta Tankers LTD, é o responsável pelo derramamento do óleo que atinge o Nordeste. O petroleiro Bouboulina é do tipo Suezmax, que tem capacidade de carregar 1,1 milhão de barris de petróleo. A informação está presente na decisão do juiz federal Francisco Eduardo Guimarães Farias, da 14ª Vara Federal no Rio Grande do Norte.
“Nós temos a prova da materialidade e indícios suficientes de autoria. O que nos falta são as circunstâncias desse crime, se é doloso, se é culposo, se foi um descarte ou vazamento”, disse Agostinho Cascardo, delegado da Polícia Federal no RN, segundo o portal G1.
As investigações do governo Jair Bolsonaro apontam que a Marinha detectou pela 1ª vez uma mancha no oceano no dia 29 de julho, a 733 km da costa da Paraíba, com direção ao Brasil.
A Polícia Federal deflagrou nesta sexta, 1, a Operação Mácula para apurar a origem e autoria do derramamento de óleo que atingiu mais de 250 praias nordestinas brasileiras. A ação cumprIU dois mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro – na Lachmann Agência Marítima e da empresa Witt O Brien’s. As companhias teriam relação com o navio mercante Bouboulina, de propriedade da Delta Tankers, que é apontado como a origem da mancha de óleo que atinge a costa nordestina. A Lachmann afirmou na tarde desta sexta que não é alvo da investigação, ao passo que a Witt O Brien’s negou que ‘jamais’ teve como cliente a empresa Delta Tankers, dona do navio Bouboulina. As ordens foram expedidas pela 14ª Vara Federal Criminal de Natal (RN).
Segundo o delegado Agostinho Cascardo, um dos responsáveis pela investigação no Rio Grande do Norte, as empresas que são alvos das buscas não são suspeitas em princípio, mas podem ter arquivos, informações e dados que sejam úteis às investigações.