Nanotecnologia ajuda a detectar doenças

Pesquisadores brasileiros construíram um sensor microscópico capaz de identificar os biomarcadores de várias condições patológicas. O dispositivo vai ajudar a realizar o diagnóstico precoce de alguns tipos de câncer e de enfermidades do sistema nervoso, como  esclerose múltipla e neuromielite óptica.

A descoberta se deu quando pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e do Instituto Federal de São Paulo ()  descobriram  que um nanobiossensor, desenvolvido inicialmente para a detecção de herbicidas, metais pesados e outros poluentes, tinha potencial para usos médicos.

O nanobiossensor consiste em uma haste nanométrica de nitreto de silício (Si3N4) ou de silício (Si), com constante elástica de ordem molecular. Na extremidade da haste, há uma ponta à qual é acoplada uma enzima ou uma proteína.

Quando essa molécula entra em contato com algum alvo de interesse (anticorpo, antígeno etc.), a haste dobra-se por causa da adesão entre as duas moléculas. E a deflexão é detectada e medida pelo equipamento, possibilitando identificar o biomarcador.

Segundo Fábio Leite, coordenador do grupo de pesquisa “começamos detectando herbicidas e metais pesados e, agora, já estamos realizando testes para detectar moléculas-alvo características de doenças do sistema nervoso, em parceria com outros pesquisadores de centros de referência em estudos de doenças desmielinizantes,” disse.

O exame segue um princípio muito simples, bastando colher o líquor do paciente, pingar uma gota em uma lâmina de vidro e fazer o material interagir com o nanobiossensor. Todo este procedimento, contudo, deve ser realizado em condições controladas de laboratório.

Fonte: Diário da Saúde

A.V.

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