Na Solidão da Pandemia

Isolados em colunas frias, com chuvas turvas que caem a todo dia
Isolados com um universo imerso de informações construídas, frigidas de verdade de quem?
Isolados das razões, das emoções que engasgam, e as dores que brotam
Isolados de um grito famigerado que emudece a âmago, o fôlego da existência,
Isolados da crença, do credo, do medo, da morte, da vida, isolados
Isolados da penitência prometida, uma distração repetida de cada nó
Isolados de todos, nós da multidão, isolados para ressurgir o eu, a essência
Isolados em melhor maturidade de separados, para uma reconstrução da parte e do todo
Separados! Separados? De quem? Do que que?
Nesta matrix, a matriz de identidade indefinida, a lógica do separado é união
É vetor que aponta para o novo, um horizonte certo e renovado.
Paz e Luz!
Ezequiel Oliveira, 23/04/20

 

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