O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, afirmou nesta segunda-feira (07.12) que o mundo caminha para uma “catástrofe climática“. Ele fez a afirmativa ao abrir a semana ministerial da cúpula sobre o clima, que visa a estabelecer um acordo mundial contra o aquecimento global até esta sexta-feira (11.12).
“O mundo espera mais de vocês do que meias-medidas”, disse Ban Ki-moon aos delegados, ao apelar aos países que aceitem uma avaliação a cada cinco anos, do seu envolvimento, antes da entrada em vigor do futuro acordo.
“As decisões que tomarem aqui em Paris serão sentidas durante séculos”, destacou.
Segundo o secretário-geral da ONU, “o objetivo atual é o mínimo” e deve-se ter “a ambição de ir além”. “É preciso assim que o acordo preveja ciclos de cinco anos, antes de 2020, para que os Estados voltem a analisar os seus compromissos e os reforcem em função dos dados científicos disponíveis”, defendeu.
Conforme Ban Ki-moon, o acordo deve “deixar claro ao setor privado que a transformação que nos dotará de uma economia mundial com baixas emissões (de gases de efeito estufa) é inevitável, benéfica e já está em curso”, adiantou.
É fundamental, para ele, que os países desenvolvidos aceitem desempenhar um papel vital, e, os países em desenvolvimento, assumam uma parte crescente de responsabilidade,de acordo com as suas capacidades.
“Fora das salas, onde nos reunimos em todo o mundo, exige-se um acordo universal e forte. Temos a obrigação de ouvir essas vozes”, acrescentou Ban Ki-moon.
A Conferência do Clima de Paris (COP21) aprovou neste sábado (05.12) um projeto de acordo para combater as alterações climáticas. O acordo deve ser concluído esta semana pelos ministros dos cerca de 200 países, para ser assinado em 11 de dezembro. Com informações da Agência Brasil.
Redação Saúde no Ar
(A.V)
