Cerca de 300 mulheres de diferentes etnias fizeram um protesto contra a municipalização do atendimento do SUS (Sistema Único de Saúde), para índios. Atualmente o serviço é de competência federal. As mulheres entraram em um prédio na região central de Brasília, onde fica a Sesai (Secretaria de Atenção à Saúde Indígena), para pleitear uma reunião com a secretária da pasta, Silvia Waipã…. –
As manifestantes estavam acampadas no gramado da Funarte desde domingo (11) e vieram de diferentes regiões do país para a 1ª marcha das mulheres indígenas.
O grupo ocupou o prédio (Sesai) do Ministério da Saúde, em Brasília, por volta das 10h desta segunda-feira (12).
Em 20 de março deste ano, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, anunciou mudanças na pasta. Entre elas, a extinção da Sesai.
De acordo com a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), a mudança prevê ainda a municipalização dos serviços de saúde para os povos indígenas, o que pode não assegurar a diversidade no atendimento.
Segundo a coordenadora nacional da APIB, Sônia Guajajara, o protesto reuniu cerca de 115 etnias diferentes. “Não vamos aceitar a municipalização da saúde indígena. Nós, mulheres, não temos a obrigação de aceitar qualquer imposição que venha destruir a nossa saúde, a nossa vida”, disse.
Imagem: Mateus Bonomi/Agif/Estadão Conteúdo.
Fontes: G1, UOL.
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