Dos 714 atendimentos de intoxicação alcóolica realizados nos módulos de saúde durante o carnaval, 55,6% foram motivados pelo sexo feminino. Houve um acréscimo de 35% quando comparado com o mesmo período do ano passado (530).
Até às 06 horas desta quarta-feira (18), as mulheres foram responsáveis por 397 atendimentos nos postos dos circuitos oficiais, enquanto, 317 do sexo masculino. Essa situação se manteve durante todos os dias. De acordo com Ivan Paiva, coordenador do Samu 192, a condição física e o tipo de bebida alcoólica ingerida pelas foliãs contribuíram para tanto. “As mulheres são mais vulneráveis a intoxicação alcoólica devido a preferência por coquetéis e bebidas a base de vodcas, que tem teor de álcool mais elevado”, informa.
Estes dados reiteram as informações reveladas em uma pesquisa do Ministério da Saúde (Vigitel) realizada em 2011, que colocaram Salvador como a capital brasileira onde mais se consume bebida alcoólica de forma excessiva, além das soteropolitanas serem as mulheres que mais bebem em todo o país. Já os homens da capital baiana ocupam o segundo lugar, atrás apenas dos de Teresina.
A ingestão de álcool etílico (etanol) é seguida de rápida absorção gastrointestinal, provocando vários níveis de depressão do sistema nervoso central e alterações do comportamento. Altas doses podem levar inclusive ao coma alcoólico.