MS: vai acompanhar o número de cesarianas no SUS

No último (7), o ministro da Saúde Ricardo Barros, lançou o projeto Parto Cuidadoso, com o objetivo de incentivar o parto normal no SUS e consequentemente diminuir o número cesariano. Através de um sistema online o Ministério da Saúde poderá acompanhar a quantidade de partos cesárea nos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS).

A Medida visa reduzir a realização desse tipo de procedimento quando desnecessário. Por isso, a pasta quer identificar os serviços, para que juntos possam realizar ações para aumentar o número de parto normal, como primeira opção para o nascimento.

O intuito é que haja uma interação entre a equipe e a gestante e  discutam o plano de parto para que seja feita a escolha pelo melhor tipo de procedimento que não coloque em risco a vida da mãe e do bebê.

Gestores e usuárias do SUS poderão acompanhar o monitoramento pelo site da Secretaria de Vigilância em Saúde, a partir do dia 19 de março.

Em 2017, foram realizados 2,7 milhões de partos no país. Considerando apenas partos nos serviços de saúde pública, o número de partos normais ainda  é maior, sendo 58,1%  para  41,9% de cesarianas.

Para o ministro da Saúde, esse é um passo importante e representa um grande avanço na continuidade das ações de monitoramento da saúde da mulher. “Precisamos garantir políticas que ampliem a assistência e garantam um atendimento adequado. As mulheres são as maiores usuárias do SUS e precisamos garantir acesso integral em todo país. Em relação a ação para coibir a realização de cesáreas desnecessárias, essa iniciativa vem ao encontro do fortalecimento de boas práticas para o parto normal. Temos que identificar os pontos fracos de cada serviço para que juntos possamos criar mecanismos que os ajudem a investir na realização de parto normal”, reforçou o ministro.

Para fortalecer a realização do parto normal, a pasta irá implantar o projeto Parto Cuidadoso em 634 maternidades do país. Inspirado no projeto Parto Adequado, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que conseguiu em três anos evitar que 10 mil cesarianas fossem realizadas desnecessariamente em 35 hospitais. Entre os hospitais que participaram do piloto estão o Hospital Israelita Albert Einstein e o Sophia Feldman (BH) e Agamenon Magalhães (PE).

Continue lendo depois da Publicidade!

7.fw

Com essa medida, será possível investir na capacitação de enfermeiras obstétricas e obstetrizes para atenção ao parto normal, além de promover ações educativas na Atenção Básica, onde é realizado o pré-natal. Desde 2015 até 2017, O Ministério da Saúde capacitou 2.774 enfermeiras que trabalham em maternidades, hospitais, centros de parto normal em obstetras. Essas profissionais estão aptas a fazer o parto normal de risco habitual. Além disso, 611 serviços passaram a contar com enfermeiras obstetras e obstetrizes.

Para garantir mais acesso, cuidado, informação e saúde à mulher brasileira, o Ministério da Saúde institui a Semana de Mobilização pela Saúde das Mulheres no SUS, tendo início no dia 28 de maio quando é celebrado o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher. Este ano o tema será Redução da Mortalidade Materna. A medida visa criar uma agenda permanente de promoção à saúde da mulher na atenção básica.

Para garantir que os gestores invistam na saúde da mulher, a pasta irá liberar para os municípios R$ 14 milhões para ações prioritárias em saúde sexual e reprodutiva.  O edital que libera o recurso estará disponível no site do Ministério da Saúde, no dia 16 de março, com orientações e metas a serem alcançadas até 2022 como: redução da gravidez não planejada na adolescência de 17,5% para 15% até 2020; inclusão de mulheres idosas no planejamento das ações de saúde sexual e climatério; ampliar a oferta de DIU de cobre em 20% na Atenção Básica; ampliar o pré-natal do parceiro de 37% para 67%.

Até 2019, 852 serviços e 4.625 profissionais serão qualificados para implantação do DIU de cobre, garantindo acesso em todos os estados do país. O DIU é um método prático e altamente eficaz, livre de hormônio, com duração de até 10 anos e índice de segurança maior que 99%, é um método reversível, que pode ser retirado a qualquer momento e em que a fertilidade retorna logo após a remoção.

A secretária Nacional de Políticas para Mulheres, Fátima Pelaes, ressalta a importância de integrar as ações voltadas às mulheres existentes em todos os ministérios, para que juntos o governo federal tenha condições atender às necessidades desse público. “Queremos parabenizar o ministério pelas ações que ele vem desenvolvendo, garantindo os direitos da mulher. Algumas medidas podem parecer simples, mas mudam a qualidade de vida da mulher, como sair da maternidade já com o DIU de cobre, que é foi um grande avanço”, destacou.

Redação Saúde no Ar

Fonte:Ministério da Saúde

Foto:internet

O jornalismo independente e imparcial com informações contextualizadas tem um lugar importante na construção de uma sociedade , saudável, próspera e sustentável. Ajude-nos na missão de difundir informações baseadas em evidências. Apoie e compartilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.