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Mpox: vacinação começa em março no Brasil

A Secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Macial, informou que a vacinação contra a mpox, doença nomeada anteriormente como varíola dos macacos, está prevista para começar na segunda-feira, 13 de março.

Em informações encaminhadas a CNN, o ministério confirmou que a imunização será destinada às pessoas com maior risco de evolução para as formas graves da doença. De acordo com a pasta, a estratégia e o público prioritário para vacinação foram acordados com os estados e municípios.

Dessa forma, podem receber a vacina pessoas que vivem com HIV/Aids que apresentam status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses. A condição de baixa imunidade aumenta os riscos do agravamento da doença. De acordo com o ministério, este público representa atualmente cerca de 16 mil pessoas em todo o país.

Além disso, também receberam o imunizante os profissionais que atuam nos laboratórios em contato com o vírus, como medida preventiva. Além desses, também está prevista a vacinação para pessoas que tiveram contato direto com os fluidos e secreções corporais de casos suspeitos ou confirmados para a doença, como profilaxia pós-exposição.

A vacina MVA-BN, também chamada de Jynneos, Imvamune ou Imvanex, é produzida pela empresa dinamarquesa Bavarian Nordic, sendo um dos principais imunizantes comercializados e já em uso em parte da Europa e nos Estados Unidos no atual surto da doença.

Cenário epidemiológico

De acordo com dados epidemiológicos da Organização Mundial da Saúde (OMS) o surto está a caminho do fim na região europeia e desacelerando na região das Américas, onde ocorre a transmissão entre pessoas.

Na região africana, onde a infecção também ocorre através do contato com animais infectados, a curva epidêmica mostra uma transmissão mais sustentada, refletindo padrões mistos de transmissão entre pessoas através de contato direto ou sexual, bem como surtos devido a contágio via animal.

De janeiro de 2022 a 27 de fevereiro deste ano, foram confirmados por laboratório um total de 86.173 casos e 100 mortes em 110 países.

De acordo com o Ministério da Saúde, o atual cenário epidemiológico apresenta queda progressiva no número de casos no Brasil. As primeiras vacinas contra a doença chegaram ao país em 4 de outubro, um quantitativo de 9,8 mil doses. Ao todo, o Ministério da Saúde comprou cerca de 50 mil doses via fundo rotatório da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Sobre a vacina Jynneos

Considerada de terceira geração, a vacina Jynneos apresenta perfil de segurança aprimorado e apresenta menor capacidade de provocar reações adversas. A formulação utiliza linhagens atenuadas do vírus vaccinia modificado da cepa Ankara, que está relacionado ao vírus da varíola.

O imunizante é destinado a adultos com 18 anos ou mais, com esquema recomendado de duas doses a serem administradas com quatro semanas de intervalo. A vacina possui prazo de até 60 meses de validade quando conservada entre -60 e -40°C.

O imunizante da Bavarian Nordic foi licenciado pela Food and Drug Administration (FDA). Além disso, a vacina é aprovada na União Europeia desde 2013 para a prevenção da varíola comum.

Fonte: CNN Brasil

 

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