A causa da morte de um idoso no Rio de Janeiro está sendo associada à vacina contra a febre amarela. A Secretaria de Saúde do município informou que ele apresentou complicações após tomar a vacina e foi internado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI), mas não resistiu e morreu na última quinta-feira (30).
Ainda não há confirmação se a morte foi causada pela vacina. Segundo informações de O Globo, a vítima tinha mais de 60 anos, e estava fora da faixa etária de vacinação, no entanto recebeu autorização médica para ser imunizado.
Pesquisa- Em busca de respostas sobre as possíveis reações da vacina contra a febre amarela e que previne outras doenças, o Hospital Universitário Cassiano Antonio Moraes (Hucam), no Espírito Santo começou sexta-feira (24), um mutirão especial de vacinação contra a febre amarela. O esforço concentrado vai permitir o estudo científico dos efeitos da vacina em um público restrito. O imunizante será aplicado exclusivamente em pacientes sob tratamento de doenças reumáticas autoimunes que tomam medicamentos capazes de afetar o poder de defesa do organismo. Entre as doenças reumáticas mais conhecidas estão os lúpus e a artrite reumatoide.
Baseado em recomendações das sociedades brasileiras de Imunologia e Reumatologia, há restrição a vacina contra a febre amarela para pacientes que tomam remédios imunossupressores, que bloqueiam o sistema de defesa. A pesquisa é importante pois a vacina é fabricada com uma variante moderada do vírus da febre amarela. Por isso, indivíduos sem a capacidade plena de resposta imunológica podem sofrer complicações.
A chefe da Unidade do Sistema Neuromusculoesquelético do Hucam, Valéria Valim, explica que não existe, no entanto, nenhum estudo que tenha medido a segurança no uso da vacina nesse grupo restrito de pacientes. Ou ainda, a certeza de que o imunizante vai funcionar para ele. Ao mesmo tempo, no atual surto, há o risco de contrair a doença.
