Um molde de plástico desenvolvido pela equipe da Dra. Melissa Doft, da Universidade de Cornell (EUA), promete corrigir deformidades nas orelhas de recém-nascidos – também conhecida como orelha de abano, ou otoplastia sem cirurgia. O novo dispositivo médico é simples e de baixo custo.
De acordo com a Dra. Dolf, esta pesquisa representa um avanço real na forma como tratamos deformidades no ouvido, destaca a médica, ao sinalizar que as correções obtidas com o molde superaram os resultados obtidos com as correções cirúrgicas.
Usado para redesenhar as orelhas deformadas – o molde rígido – amortece as curvaturas e refaz o contorno das cartilagens. O procedimento realizado com o aplicativo, mostra eficácia nas primeiras semanas de vida do bebê, não causa dor, e produz resultados em apenas 14 dias, contra as seis a oito semanas dos procedimentos atuais.
Dados de pesquisa apontam que 15 a 20% das crianças nascem com deformidades mais ou menos graves nas orelhas, muitas das quais exigem intervenção cirúrgica.
Especialistas mostram que esse tipo de tratamento é mais fácil de reverter o quadro estético ainda bebê, pois elas, nascem com altos níveis de estrogênio na corrente sanguínea, atingindo seu pico aos três dias da vida. Este hormônio aumenta a plasticidade da cartilagem da orelha, permitindo que a orelha seja moldada para a posição ou formato correto. Eles ainda frisam que quando o estrogênio alcança os níveis normais, por volta da sexta semana de vida, o uso de técnicas não-cirúrgicas para a correção das deformidades no ouvido têm menos eficácia.
A médica Dolf destaca que esta inovação, oportuniza fazer uma diferença real nas vidas das crianças, ajudando a diminuir o bullying que muitas crianças com deformidades nas orelhas enfrentam, além de eliminar a necessidade de cirurgias corretivas invasivas no futuro.