A necessidade de mudança de modelos assistenciais para a sustentabilidade do setor de saúde suplementar foi discutido em um dos painéis apresentados no Fórum ASAP 2016, que aconteceu em São Paulo.
Por mais que o gasto per capita seja importante, o modelo de gestão e o modelo de assistência têm mais impacto positivo (e negativo) que o dinheiro investido. Esse dado foi relatado em um gráfico de expectativa de vida e gastos com saúde apresentado pela pesquisadora da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Ana Maria Malik.
Informação, qualidade e mudança dos modelos estão entre os fatores que levam à sustentabilidade e o desenvolvimento do setor no Brasil, afirmou a pesquisadora. No país, a população conseguiu passar por todas as transições que os povos de países desenvolvidos já passou, sejam epidemiológica, demográfica ou tecnológica.
Os três seguem tendências mundiais e provam ser de impacto positivo na agenda das instituições. Para Martha Oliveira, diretora da ANS, os três pontos de grande importância são: a desconfiança entre os players do setor, a informação e a cultura da saúde. Ela diz que o sistema de saúde está perfeitamente preparado para dar os resultados que dá hoje, ou seja, se quisermos ter outros resultados, precisamos ter outro sistema.
Frederic Goldstein, Fundador e Presidente da Accountable Health e CEO da Population Health Alliance, cita que, nos Estados Unidos, 30% dos recursos investidos em saúde são perdidos por erros, fraudes ou abusos. A discussão é válida em diferentes âmbitos, seja na liderança das organizações ou no governo brasileiro. A reestruturação do sistema de saúde brasileiro depende da colaboração entre os players do setor.
Fonte: Saúde Business
Redação Saúde no Ar*
Ana Paula Nobre