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Mitos e verdades sobre uso de prótese de silicone e amamentação

O aumento dos seios por meio de próteses de silicone é um dos procedimentos mais procurados na cirurgia plástica em todo o mundo. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), 319 mil próteses de silicone são implantadas anualmente no país. O Brasil é considerado o segundo que mais faz mamoplastia, perdendo apenas para os Estados Unidos.

 

Contudo, muitas mulheres ainda têm dúvidas sobre os possíveis impactos que a cirurgia pode ter na amamentação. Segundo o cirurgião plástico Felipe Villaça, é importante desmistificar algumas informações sobre o tema. Veja abaixo o que é mito ou verdade de acordo com o especialista:

 

Prótese de silicone impede a amamentação
Mito. Uma das principais preocupações das pacientes é a capacidade de amamentar após o implante de silicone. Essa é uma crença equivocada. Se a cirurgia for feita corretamente, respeitando as estruturas glandulares e os ductos mamários, a capacidade de amamentar não é comprometida. A escolha da técnica cirúrgica também influencia nesse resultado, sendo o posicionamento da prótese e o local da incisão fatores importantes.

 

A posição da incisão pode afetar a amamentação
Verdade. A técnica cirúrgica escolhida é um ponto-chave. Se a incisão for feita na aréola, há um risco maior de lesionar os ductos lactíferos, responsáveis por conduzir o leite até o mamilo. Para quem deseja ter filhos no futuro, recomenda-se a incisão inframamária (no sulco abaixo dos seios), pois ela reduz as chances de interferência nas glândulas mamárias.

 

O silicone contamina o leite materno
Mito. Outra dúvida comum é se o silicone pode vazar e contaminar o leite materno. As próteses de silicone são extremamente seguras e o material não tem contato com o leite. Não há risco de o silicone ser absorvido pelo corpo ou pelo leite da mãe.

 

A cirurgia pode alterar a sensibilidade do mamilo
Verdade. É possível que algumas mulheres experimentem uma mudança temporária ou até permanente na sensibilidade do mamilo após o procedimento, o que pode afetar a amamentação. Essas alterações, no entanto, são mais associadas à técnica cirúrgica e à recuperação individual da paciente.

 

O médico Felipe Villaça destaca que, para as mulheres que desejam engravidar e amamentar no futuro, é importante conversar com um cirurgião experiente. “Discutir sobre a melhor abordagem para cada situação e a orientação individualizada vai garantir um procedimento seguro tanto para a estética quanto para a saúde materna”, finaliza.

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