Durante a I Jornada Ibero-americana, ocorrida recentemete na cidade espanhola de Ponta Úmbria, especialistas advertiram que um quarto da população mundial sofre de miopia. Segundo os pesquisadores, essa porcentagem pode chegar a um terço nos próximos anos.
De acordo com O oftalmologista Jorge Manuel Martins, também professor da Escola de Ciências da Universidade do Minho, de Portugal, a miopia “é causa de preocupação no mundo todo devido a sua maior prevalência e sua rápida progressão”.
Entre os fatores de risco mais relacionados com o desenvolvimento, estão a excessiva demanda acomodativa da visão de perto, a refração periférica e a falta de atividades ao ar livre.
Na ocasião, Juan Antonio Jiménez, especialista em Oftalmologia na Unidade de Oculoplástica e Unidade de Oftalmologia Infantil da Clínica Qvision, do Hospital Vithas Virgem do Mar de Almería, na Espanha, enfatizou que na última década houve uma mudança de paradigma em torno da cirurgia refrativa, graças à chegada do laser de femtosegundo, que permitiu procedimentos cada vez mais seguros e com uma menor afetação da fisiologia corneal.
“É de vital importância que o oftalmologista conheça todas e cada uma destas técnicas, para assessorar seus pacientes sobre a mais adequada, atendendo sua fisiologia ocular, assim como ajudá-los a entender as mudanças fisiológicas e ópticas que a cirurgia produz”, destacou Juan durante a conferência.
Já o espanhol David Pedro Piñero Llorens, responsável pela Unidade de pesquisa da Oftalmar –Hospital Internacional Medimar, de Alicante, explicou que o desenvolvimento e a progressão da miopia são influenciados por diversos fatores, como a luz natural e o exercício físico.
David ainda esclareceu que à medida que se passa mais tempo ao ar livre a taxa de progressão da miopia é mais lenta, sobretudo em meninos. Essa associação negativa entre tempo ao ar livre e miopia, foi baseada e detectada pelo especialista em diversos estudos.
A I Jornada Ibero-americana contou com aproximadamente 300 profissionais e especialistas em saúde visual da Espanha, Portugal e Colômbia.
*Redação Saúde no Ar