Durante cerimônia nesta terça-feira (1) em Brasília; o Ministério da Saúde fechou contrato de transferência de tecnologia da Astrazeneca para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz); dessa forma, a assinatura do documento permitirá que a fundação produza em território nacional o insumo da vacina contra Covid-19.
Assim, a produção nacional do insumo, o IFA, permitirá ao Brasil acelerar o processo de imunização da população; além disso, garantirá mais independência no processo de vacinação. De acordo com a Fiocruz, as doses produzidas a partir do IFA brasileiro devem ficar prontas em outubro.
Anteriormente a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou que a Fiocruz produzisse no Brasil o ingrediente farmacêutico ativo (IFA) da vacina de Oxford e da AstraZeneca.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos (Abiquifi); Norberto Prestes, é fundamental que o Brasil tenha a independência na produção de insumos. Desse modo, a tecnologia traria para o acompanhamento das cepas do novo coronavírus que ainda podem se desenvolver.
“Pensando que essa pandemia pode permanecer por alguns anos ainda, é fundamental que esse IFA seja produzido aqui [Brasil], porque a gente consegue acompanhar as variações que surgirão aqui. Por isso é importante produzir o IFA e a vacina, ter ela 100% nacionalizada. A gente consegue acompanhar a mudança da cepa do vírus, essa mutação dele, e consegue produzir vacinas que podem reagir melhor a cada mutação do vírus”, explica Prestes.