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Ministério da Saúde estuda trocar gotinha contra a poliomielite por vacina injetável

Crianças são imunizadas na tenda de vacinação instalada na Quinta da Boa Vista para a campanha contra a poliomielite e o sarampo, prorrogada até o dia 22/09 no estado do Rio de Janeiro.

O Ministério da Saúde estuda a substituição da vacina oral contra a poliomielite por uma versão injetável e mais aprimorada do imunizante. Atualmente, duas doses de reforço contra a doença, estão disponíveis em gotas para crianças menores de um ano.

De acordo com a pasta, a substituição da vacina deve ocorrer gradualmente a partir do próximo ano e após avaliação da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunizações (CTAI). Contudo, o mascote oficial da campanha contra a doença, o Zé Gotinha, permanecerá nas campanhas de vacinação.

Segundo a pasta, “as estratégias de vacinação adotadas no Brasil, assim como os imunizantes indicados para cada público, levam em conta o avanço tecnológico do setor e novas evidências científicas”.

A vacina oral está no calendário de vacinação do Brasil desde a década de 1960. Todas as crianças menores de cinco anos de idade devem receber a dose do imunizante conforme esquema de vacinação de rotina e na campanha nacional anual.

Segundo o Ministério da Saúde, desde 2016, o esquema vacinal contra a poliomielite passou a ser de três doses da vacina injetável – VIP (2, 4 e 6 meses) e mais duas doses de reforço com a vacina oral bivalente – VOP (gotinha).

Queda na cobertura

Os índices de vacinação contra a poliomielite têm apresentado queda desde de 2016, última vez em que o país superou a marca de 90% de cobertura vacinal do público-alvo. A meta do Programa Nacional de Imunizações (PNI) é vacinar entre 90% e 95% das crianças menores de 5 anos de idade.

Contudo, a proteção nunca esteve tão baixa. Em 2022, o percentual de vacinação chegou a 72%. No ano anterior, chegou a 71%, informou o Ministério da Saúde. De acordo com informações do Ministério da Saúde, o Brasil não registra casos de poliomielite desde 1989, mas a diminuição nos índices de vacinação pode acarretar a volta da doença. Além disso, a pasta ressalta que houve queda progressiva das coberturas vacinais desde 2015, quando os índices chegaram a 98,3%. Desde 2017, a meta de 95% da cobertura vacinal da poliomielite em crianças menores de 1 ano de idade não é atingida. Em 2021, a cobertura chegou a 69,99%.

 

 

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