Agência Internacional de Energia Atômica da Organização das Nações Unidas (AIEA) e pelo Instituto Antártico Argentino (IAA) fará uma nova pesquisa sobre poluição por microplásticos em países de todo o mundo.
Os microscópios pedaços de plásticos de 5 milímetros ou menos, que estão no oceano, são ingeridos pelos animais marinhos e consequentemente ingeridos na alimentação humana, ( peixes, ostras, siri, caranguejos, lagostas, entre outros), causando problemas de saúde. Por conta do seu tamanho, apresentam uma grande capacidade de absorção de compostos de alta toxicidade, como metais pesados (mercúrio, cádmio, etc).
Um estudo recente de Dick Vethaak, professor emérito de ecotoxicologia da Universidade Livre de Amsterdã e seus colegas, encontrou plásticos no sangue de 17 dos 22 doadores de sangue saudáveis; o estudo pulmonar encontrou microplásticos em 11 de 13 amostras pulmonares retiradas de 11 pacientes
“Sabemos que as partículas podem ser transportadas por todo o corpo através do fluxo de sangue”, diz Vethaak. O estudo é um dos 15 trabalhos de pesquisa sobre microplásticos em andamento na Organização Nacional Holandesa de Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde.
O programa usará o navio quebra-gelo argentino Almirante Irízar, e os cientistas coletarão amostras NO sedimentos do fundo do mar e da água ao redor da camada de gelo , na Antártica. A saúde da Antártica é essencial para a saúde do planeta.
Lucas Ruberto, pesquisador do Instituto Antártico Argentino disse que os microplásticos – partículas menores que 5 milímetros – são um problema global devido ao grande uso de plásticos e são prejudiciais à vida, pois são frequentemente ingeridos, causando acúmulo dentro dos organismos que pode levar a doenças.
“Estima-se que, desde sua introdução no mercado, 7 bilhões de toneladas de plástico tenham sido despejadas no meio ambiente, grande parte delas no ambiente marinho”, disse ele.