Estudo realizado pelo World Mosquito Program (WMP), da Universidade de Monash, na Austrália; em parceria com a Tahija Foundation e Universidade Gadjah Mada, na Indonésia, apontou redução de 77% na incidência de casos de dengue, com o método Wolbachia.
De acordo com a pesquisa, houve redução nas áreas onde houve liberação de Aedes aegypti com Wolbachia, quando comparado com áreas que não receberam o método. Este é o primeiro teste padrão-ouro que mostra a capacidade de redução de casos de dengue através da metodologia. No Brasil, a iniciativa é conduzida pela Fiocruz e já apresenta dados preliminares que apontam redução de chikungunya. Em Niterói, dados preliminares já apontam redução de 75% dos casos de chikungunya nas áreas que receberam os Aedes aegypti com Wolbachia.
O estudo clínico randomizado controlado (Randomized Controlled Trial – RCT) “Applying Wolbachia to Eliminate Dengue (AWED)”, teve duração de três anos e foi conduzido em uma área que abrange cerca de 321 mil habitantes. Além disso, doze de 24 áreas de tamanhos semelhantes foram escolhidas aleatoriamente para receber os mosquitos com Wolbachia. As 12 áreas restantes continuaram recebendo apenas as ações de rotina de controle da dengue.
De acordo com a diretora de avaliação de impacto do WMP, Katie Anders; “este é o primeiro estudo para demonstrar impacto na incidência da doença. O resultado do ensaio é consistente com nossos achados de estudos anteriores”.
Detalhes do resultado serão apresentados em novembro, em um congresso acadêmico, além de publicação em um periódico científico. Mais informações podem ser obtidas na página internacional do programa.