Não é preciso seguir dietas complicadas para viver mais. Segundo um novo estudo, publicado no periódico científico New England Journal of Medicine, pequenas mudanças nos hábitos alimentares são suficientes para aumentar significativamente a expectativa de vida. A pesquisa mostrou que melhorar a dieta aos poucos pode reduzir as taxas de mortalidade por doenças cardiovasculares e outras causas em até 17%.
O estudo
Cientistas da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, analisaram as mudanças na dieta de 74.000 pessoas durante 12 anos de acompanhamento. Aquelas que passaram a comer um pouco melhor do que antes, consumindo mais grãos integrais, frutas, vegetais e peixes gordurosos – que têm maior nível de omega-3, por exemplo –, reduziram de 8% a 17% o risco de morte prematura nesse período. Em contrapartida, os participantes que foram piorando a alimentação ao longo do tempo tiveram um aumento de 6% a 12% no risco de morrer.
Como método de comparação, os pesquisadores utilizaram um sistema de pontuações de qualidade da dieta para avaliar o quanto a alimentação havia melhorado a cada quatro anos. Quando as pessoas trocaram uma porção diária de carne vermelha ou processada por uma porção de nozes ou legumes, por exemplo, elas tinham um aumento de 20% na pontuação.
Melhora na dieta
Qualquer pessoa pode se beneficiar de pequenas mudanças inteligentes. De acordo com Nancy Farrell, nutricionista e porta-voz da Academia de Nutrição
Dietética dos Estados Unidos, em entrevista ao site da CBS News, essas descobertas reforçam as recomendações que ela dá aos pacientes diariamente.
“Você pode aproveitar as segundas-feiras para fazer um jantar sem carne e incorporar mais alimentos integrais ou uma noite de pizza vegetariana“, sugeriu. Já ao fazer lanches a tarde, a nutricionista recomenda evitar alimentos ricos em calorias como batatas fritas e optar por amendoins, nozes e frutas secas. Se você procura por doces, pode trocar um sorvete por frutas geladas.