Estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Duisburg-Essen na Grã-Bretanha, concluiu que a Medicina Mente-Corpo é uma abordagem holística que está se mostrando capaz de evitar mais ataques cardíacos do que os programas de prevenção convencionais.
Segundo o Diário da Saúde, a conclusão foi obtida depois de uma revisão sistemáticas e uma meta-análise envolvendo todos os estudos publicados sobre o tema. Os resultados foram apresentados na última edição da revista médica Deutsches Ärzteblatt International.
Terapia holística
Os diversos experimentos realizados em várias partes do mundo mostraram que a Medicina Mente-Corpo em pacientes cardiopatas tem um efeito positivo sobre os eventos coronarianos, a aterosclerose e a hipertensão arterial.
Três dos fatores de risco mais importantes para as doenças cardíacas coronarianas – falta de exercício, excesso de peso e estresse – são passíveis de intervenção por meio da terapia holística.
Enquanto as medidas preventivas convencionais se concentram nos exercícios físicos e no aconselhamento sobre nutrição, a Medicina Mente-Corpo também abrange métodos de relaxamento e técnicas de motivação psicológica.
Ocorreram eventos coronarianos em 68 de 307 pacientes (22%) que receberam intervenções convencionais, mas em menos da metade – 33 de 308 (10,7%) – daqueles que participaram de programas de prevenção da Medicina Mente-Corpo.
Medicina Mente-Corpo
Os autores da meta-análise ressaltam que, apesar de o efeito positivo da Medicina Mente-Corpo não ter diminuído a mortalidade dos pacientes cardíacos, a menor incidência de eventos coronários é muito benéfica, diminuindo internações, perdas de funcionalidades físicas e queda na qualidade de vida gerada por esses eventos.
A equipe então endossa a Medicina Mente-Corpo ou outros programas comparáveis que envolvam a modificação do estilo de vida em busca de melhor saúde.
“Em pacientes com risco cardíaco, os programas da Medicina Mente-Corpo podem diminuir a ocorrência de eventos cardíacos, reduzir a aterosclerose e reduzir a pressão arterial sistólica, mas eles não reduzem a mortalidade. Eles podem ser utilizados como um complemento aos programas de reabilitação convencionais” escrevem os autores.