Um medicamento para esclerose múltipla – doença crônica do sistema nervoso central – será produzido pela Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz. O acordo de transferência de tecnologia foi assinado nesta quarta-feira (9), entre o Merck, laboratório que detém a patente do biofármaco Rebif, o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos – Bio- Manguinhos/Fiocruz – e o laboratório privado BioNovis. O contrato é de sete anos. As informações são da Agência Brasil.
A distribuição do medicamento para o SUS será realizado pelo convênio, a partir de novembro. Estima-se uma economia de US$ 8 milhões no primeiro ano, no entanto, US$ 30 milhões ao longo da transferência. O betainterferona 1a subcutânea – Rebif (nome comercial) – medicamento que reduz surtos, será produzido pelo Bio-Manguinhos.
Segundo o diretor de Bio-Manguinhos, Artur Couto, a droga atua contra a inflamação e as lesões no cérebro. Couto explica que a doença é incurável, mas se o remédio é tomado regularmente, consegue-se diminuir os chamados surtos.
Para que haja êxito no tratamento, são necessárias três doses injetáveis semanalmente da droga. De acordo com a Merck, cerca de 27% dos pacientes no Brasil são tratados com o medicamento, distribuído pelo SUS desde 2001.
Considera uma doença incurável que afeta cérebro, cerebelo e medula espinhal, a esclerose múltipla, faz com o paciente tenha surtos desencadeados pelo processo inflamatório no sistema nervoso central. Sintomas como rigidez nas pernas, fadiga, dificuldades na fala e para engolir, surgem com o decorrer do tempo e devido os consecutivos surtos. A doença atinge principalmente as mulheres na faixa etária entre 20 e 40 anos.
L.O.