Medicamento experimental da Farmacêutica Acumen Pharmeceuticals, para a doença de Alzheimer mostrou resultados positivos durante o primeiro teste de segurança.
Durante a fase 1, em ensaio clínico duplo-cego, o medicamento ACI193, controlado por placebo, parte dos participantes do estudo recebem substâncias sem nenhum efeito e o restante, o remédio verdadeiro. Participaram ao todo, 60 pessoas com Alzheimer precoce.
O medicamento age nas placas beta amiloides, proteína presente no cérebro de pacientes com Alzheimer. O acúmulo dessa substância pode afetar a capacidade mental do paciente, interrompendo a comunicação entre as células. A droga busca diminuir o nível dessa proteína, retardando assim os efeitos da doença.
A droga tem ação semelhante à do medicamento “lecane b”, aprovado pela FDA (Food and Drug Administration), agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos, em janeiro deste ano.
De acordo com a farmacêutica, nos testes houve a aplicação de três doses intravenosas de 2 mg/kg, 10 mg/kg, 25 mg/kg e 60 mg/kg. Assim, segundo a empresa, as doses mais altas de 25 mg/kg, aplicada a cada duas semanas, e de 60 mg/kg, aplicada a cada quatro semanas, apresentaram os melhores resultados na redução do acúmulo de placas beta amiloides.
Contudo, nos testes com 60 mg/kg, somente 10,4% dos participantes tratados, (cinco pessoas), desenvolveram uma condição de inchaço cerebral conhecida como ARIA-E, associada a tratamentos direcionados ao amiloide. Desses, apenas um paciente apresentou sintomas que resultaram na suspensão do medicamento.