Médica responsável por chefiar o centro de saúde do Tribunal de Justiça de Roraima, passa por investigação; acusada de desviar vacinas contra a Covid-19 para funcionários da instituição. Os imunizantes desviados teriam aplicação na Operação Acolhida, que atende refugiados venezuelanos no Brasil.
De acordo com o TJ Mariângela Nasário Andrade teve a exoneração do cargo no dia 13 de julho e as aplicações aconteceram nos dias 12 e 13 de julho. Contudo, o órgão não informou quem recebeu as aplicações; contudo, os investigadores do caso, suspeitam que os vacinados são juízes.
Por outro lado, a Associação dos Magistrados de Roraima nega a acusação. De acordo com o TJ, o juiz estadual mais jovem tem 32 anos, quando a vacinação geral nos dias 12 e 13 em Boa Vista já contemplava a faixa etária de pessoas de 26 a 31 anos.
Durante a Operação Acolhida, Mariângela Nasário Andrade coordenou o hospital de campanha montado durante a pandemia. A operação é parte de ação conjunta do Exército, do governo federal; bem como de organizações humanitárias na fronteira. Durante a atuação, a médica recebeu a Medalha do Mérito do Ministério Público do Estado de Roraima, em junho. Em 2017, Andrade também recebeu condecoração com a comenda Orgulho de Roraima, da Assembleia Legislativa, concedida a pessoas consideradas “símbolo e referência para a população” local.
Além dela, outros servidores comissionados foram exonerados. Segundo o TJ, isso ocorreu devido a uma reestruturação da equipe diante da nomeação de um novo coordenador, e não por envolvimento deles nas irregularidades.