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MEC Orienta Escolas sobre Proibição de Celulares: Impactos na Concentração e Aprendizado

O Ministério da Educação (MEC) tem emitido orientações às instituições de ensino sobre a recente lei que restringe o uso de celulares nas escolas de educação básica. A legislação, sancionada em 15 de janeiro de 2025, proíbe o uso de dispositivos móveis durante aulas e intervalos, permitindo-os apenas para fins pedagógicos ou em situações excepcionais, como emergências ou necessidades de saúde.

Estudos científicos apontam que o uso excessivo de celulares pode prejudicar a concentração e o desempenho acadêmico dos estudantes. Uma pesquisa publicada na revista Frontiers in Psychology em 2017 revelou que, embora os smartphones possam, quando usados com prudência, aumentar a cognição humana, os hábitos atuais de uso vêm demonstrando um impacto negativo e duradouro na capacidade dos usuários de pensar, lembrar, prestar atenção e regular as emoções.

Além disso, um estudo realizado pela Universidade de Waterloo, no Canadá, em 2015, apontou que a dependência excessiva de smartphones pode levar à “preguiça mental”, onde os indivíduos evitam usar a própria mente para resolver problemas, o que pode ter consequências no envelhecimento.

O professor Daniel Cara, da Faculdade de Educação da USP, comentou sobre os desafios da regulamentação do uso de celulares nas escolas:

“Precisa regulamentar, sem dúvida nenhuma. É interessante observar que essa regulamentação, inclusive, tem desafios específicos para cada etapa de escolarização.”

A nova lei visa proteger crianças e adolescentes, garantindo que o uso de celulares em sala de aula seja pautado por uma intencionalidade pedagógica clara, servindo para potencializar a aprendizagem e não como distração.

O uso do celular em espaço escolar por alunos a sociedade já vem discutindo, e a comunidade escolar vem alertando há anos, especialmente após a pandemia. Contudo as escolas precisam ser equipadas com ferramentas digitais, de laboratórios de informática, lousas digitais para que o corpo docente possa mediar a busca do conhecimento, além do conteúdo programático.

As ferramentas digitais são essenciais e imprescindíveis para educação 4.0, com a mediação do corpo docente, bem como o foco e concentração na busca do conhecimento.

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