Em entrevista para o Portal Uol, o infectologista Noaldo Lucena, disse que “Algo de muito diferente está ocorrendo em Manaus. Não sei informar se é uma cepa nova ou se é algo diferente. Mas quem está na linha de frente está vendo um aumento da gravidade dos casos”.
Além disso, o pesquisador ressaltou que “Vi mais 150 pessoas aqui na clínica e mais 300 no serviço público. Digo que menos de 2% deles tinham comprometimento leve. Outros estavam comprometidos acima de 50%. Alguns com 70%, 80%, 90%, com necessidade de internação imediata e até suporte ventilatório”.
De acordo com ele, a doença está se mostrando mais difícil se ser percebida em exames clínicos. Por conta da falta de oxigênio em autoridades amazonense pediu ajuda a outros estados. O governo venezuelano, comandado por Nicolas Maduro, autorizou o envio de 107 médicos da Brigada Simón Bolívar para ajudar no combate à pandemia na capital.
Contudo, por determinação do ministro do STF Ricardo Lewandowski, a Advocacia-Geral da União (AGU) enviou um ofício à Corte revelando que o governo federal sabia do iminente colapso do sistema de saúde no Amazonas 10 dias antes da crise. Dessa forma, o procurador diz em nota que a principal causa para falta do insumo foi a interrupção do transporte deste pela Força Aérea Brasileira (FAB). Por outro lado, não se sabe por ordem de quem.