Em definição da Organização Mundial da Saúde (OMS), a malária ainda é considerada uma doença negligenciada. De acordo com a organização, agravos desse tipo são descritos como endêmicos em populações de baixa renda e contribuem para a manutenção de situações de desigualdade no mundo.
A malária é uma doença infecciosa, potencialmente grave, causada pelo parasita do gênero Plasmodium. O protozoário tem transmissão ao homem pela picada de mosquitos do gênero Anopheles infectados. De acordo com a OMS, o baixo investimento em pesquisas científicas por grandes empresas e farmacêuticas amplia as lacunas no diagnóstico e no tratamento.
Contudo, mesmo a doença podendo ter prevenção e tratamento, a malária ainda apresenta impactos nocivos para a saúde de pessoas em todo o mundo.
Segundo a OMS, em 2020, houve uma estimativa de 241 milhões de novos casos e 627 mil mortes relacionadas à doença em 85 países. Mais de dois terços das mortes ocorreram entre crianças menores de 5 anos que vivem na África.
Durante o Dia Mundial de Luta Contra a Malária (25 de abril), a OMS faz um apelo aos países por investimentos em inovação e tecnologia com o objetivo de reduzir a carga da doença a nível global. De acordo com a organização, nenhuma ferramenta disponível atualmente resolverá o problema da doença. Por isso, são necessárias novas abordagens de controle de vetores, diagnósticos, medicamentos antimaláricos e outras ferramentas para acelerar o ritmo do progresso contra a malária.
“É necessária uma ação urgente e concertada para colocar o mundo de volta na trajetória para alcançar as metas de 2030 da estratégia global da OMS contra a malária”, diz a entidade em comunicado.