A cidade de São Paulo teve um aumento de mais de 700% no número de casos de hepatite este ano. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, até o dia 16 de setembro, foram feitas 517 notificações da doença, com duas mortes. No ano passado, houve 64 registros e nenhuma morte.
De acordo com a secretaria, a maior parte dos casos ocorreu com homens com idade entre 18 e 39 anos (80% do total). Dos 517 casos da doença registrados na capital paulista, 452 eram do sexo masculino, sendo 415 na faixa etária entre 18 e 39 anos.
Quase metade dos casos (237 registros) de hepatite A na cidade foi por contato sexual desprotegido. Já o contato com água ou alimentos contaminados foi responsável por 53 casos.
A cidade de São Paulo respondeu por mais de 90% dos casos notificados em todo o estado, mas ainda não há dados estaduais para o período completo contabilizado na capital – até agosto, em todo o estado, foram contabilizados 394 casos de hepatite A, portanto menos do que os registros apenas na capital até setembro, contra 154 casos no ano passado.
A hepatite A é uma doença viral que provoca febre e infecção no fígado e ocorre com frequência em locais com precárias condições de higiene e saneamento básico, atingindo, nestes casos, principalmente crianças.
Nas regiões com melhores condições sanitárias, no entanto, a doença tende a acometer faixas etárias mais altas, nos quais a infecção pode ser grave e sintomática geralmente associada a febre, urina escura e pele e olhos amarelados.
Para evitar o contágio, recomenda-se o uso de camisinha nas relações sexuais, lavar as mãos e as regiões genital e anal antes e após o sexo, consumir água potável e lavar as mãos antes de preparar ou comer alimentos.
Fonte: Diário da Saúde
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Redação Saúde no Ar