Segundo o Conselho Regional de Educação Física (CREF13/BA-SE), a Bahia tem mais de 500 academias atuando sem permissão para funcionar. O número corresponde a 16% dos 3.398 estabelecimentos fiscalizados pelo órgão neste ano. Entre as unidades notificadas pela falta de registro está a do bairro de Águas Claras, em Salvador, onde uma mulher morreu após passar mal em julho deste ano.
Paulo César Vieira Lima , presidente da entidade, disse que as academias notificadas não eram credenciadas e por isso não poderiam atuar. “Caso não cumpram as normas, as academias podem ser multadas e até mesmo fechadas.”
– Tem uma incidência muito grande de profissionais atuando sem formação em regiões de médio a alto porte, além das regiões periféricas. Parte do empresariado quer mão de obra barata e o exercício ministrado por pessoas sem conhecimento pode levar a problemas irreversíveis nas articulações e na coluna.
Em relação aos espaços públicos, o conselho espera passar a contar com a prefeitura de Salvador durante as fiscalizações. O Projeto de Lei 72/15, aprovado na Câmara de Vereadores no início de agosto, visa disciplinar a exploração dos espaços utilizados por grupos como os de treinamento funcional, clubes de corrida e mahamudra (método que utiliza técnicas de yoga e exercícios funcionais). “Sem dúvidas, a medida vai ajudar na fiscalização feita pelo CREF. Quando percebermos algo de errado, teremos a quem cobrar, diretamente”, ressaltou Vieira, para quem, de acordo com o Art. 47 do decreto Lei 3688/41 combinado com a Lei federal 9696/98, que regulamenta a profissão , o exercício ilegal da profissão de Educação Física é crime.
Fontes: G1 e CREF13/BA-SE
A.V.