Portal Saúde no Ar

 

Maior estudo evolutivo de coronavírus confirma origem do Sars-CoV-2 de morcegos para humanos

Pesquisadores de todo o mundo tentam desifrar o surgimento do novo coronavírus; descoberto pela primeira vez em 2019. Desde então, o vírus, responsável pela pandemia da Covid-19 vem levantando questionamentos dentro de grupos cientificos.

Anteriomente, haviam inumeras teorias de como o vírus passou para o homem; bem como a hipótese de ser um coronavírus de morcego que primeiro infectou pangolins e depois humanos; já que a grande proximidade dos vendedores e clientes com esses animais em mercados de animais de Wuhan, local onde iniciou a pandemia.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), após enviar especialistas a Wuhan o relatório da entidade no final de março sugeria a origem a partir de morcegos; contudo os cientistas não encontraram evidências de que o paciente zero tenha frequentado um mercado de animais local.

Novas evidências

Por outro lado, o maior estudo evolutivo de coronavírus confirmou a origem do Sars-CoV-2 a partir de um coronavírus de morcegos, e não de pangolins; além disso traz um alerta referente a importância de investigar vírus nesses animais como uma estratégia global de monitoramento de endemias, e não apenas em situações de emergência sanitária.

Dessa forma, a pesquisa conduzida no Centro de Pesquisa em Bioinformática da Universidade da Carolina do Norte em Charlotte (UNCC); liderada pelo professor Daniel Janies, do mesmo centro, tem como primeiro autor o brasileiro e bioinformata Denis Jacob Machado, que é também pesquisador de pós-doutorado na UNCC. O artigo científico foi publicado na última semana na revista Cladistics, a mais renomada para análises evolutivas dos seres vivos.

 

A pesquisa

De acordo com os pesquisadores, para compreender melhor, os estudos de filogenia que buscam entender a história evolutiva de um grupo utilizou um conjunto de dados (por exemplo, o genoma); de um determinado grupo ou conjunto de organismos (por exemplo, diferentes espécies de felinos).

Assim, a análise feita por Machado e seus colegas, no entanto, incluiu mais de 2.000 genomas únicos de coronavírus de quatro gêneros diferentes da subfamília Orthocoronavirinae; Deltacoronavirus (DeltaCoV) e Gammacoronavirus (GammCoV), típicos de aves; bem como Alphacoronavirus (AlphaCoV) e Betacoronavirus (BetaCoV), que podem infectar os humanos.

Além disso, o estudo revela o papel de hospedeiros intermediários “Nosso argumento é de que nada indica a necessidade de um hospedeiro intermediário [para o Sars-CoV-2]; pois está claro que a infecção de outros mamíferos, como civetas [espécie de mustelídeo] e visons, ocorreu depois da infecção original em humanos, o que ilustra a capacidade dos coronavírus de migrarem entre mamíferos de espécies diferentes”.

 

 

 

 

 

Campanha Vidas Importam 

Veja também: Lançado em Salvador 1º centro de computação quântica do Brasil

O jornalismo independente e imparcial com informações contextualizadas tem um lugar importante na construção de uma sociedade , saudável, próspera e sustentável. Ajude-nos na missão de difundir informações baseadas em evidências. Apoie e compartilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.