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Magnólia, a beleza que cura

As magnólias são árvores, arbustos ou arvoredos, apreciados como ornamento em jardins, principalmente em locais de clima temperado ou subtropical. Produzem abundantes flores brancas ou rosadas, grandes e perfumadas. A ciência botânica tem um interesse especial pelas magnólias, por que elas apresentam estruturas reprodutivas e anatômicas que se acredita serem extremamente primitivas em relação a todas as outras flores, apresentando semelhanças com Gimnospermasprimitivas.

Alguns dos fósseis mais antigos de Angiospermas conhecidos apresentam flores semelhantes às magnólias. Os extratos de magnólia vêm sendo usados há séculos pelas medicinas tradicionais da China e do Japão, com uma série de indicações terapêuticas. Uma dessas aplicações, demonstrada recentemente, envolve o honokiol, um extrato da magnólia eficaz contra a hipertrofia cardíaca.

Agora, o honokiol mostrou-se eficaz também contra o câncer. O fitoquímico honokiol – cuja fórmula química é C18H18O2 – parece explorar várias rotas bioquímicas para fazer encolher tumores de vários tipos. Na Universidade do Alabama (EUA), a equipe do professor Santosh Katiyar,  concentrou-se nos cânceres de cabeça e pescoço, que geralmente atingem fumantes e usuários de bebidas alcoólicas.

Os pesquisadores testaram o honokiol em linhagens celulares derivadas de cânceres humanos da cavidade oral, laringe, língua e faringe. Em todos os casos, o fitoterápico “desligou” as células tumorais. A equipe também fez testes contra tumores implantados em ratos, com resultados semelhantes.

O composto fitoterápico bloqueia uma proteína chamada receptor do fator de crescimento epidermal (EGFR, na sigla em inglês). Segundo a equipe, o honokiol liga-se a esses receptores de forma mais forte do que o medicamento gefitinib, o mais comum no tratamento dos cânceres de cabeça e pescoço.

“De forma conclusiva, o honokiol parece ser uma pequena molécula fitoquímica bioativa interessante para a gestão dos cânceres da cabeça e pescoço, que pode ser utilizada sozinha ou em combinação com outras drogas terapêuticas disponíveis,” concluiu Katiyar.
Fonte: Diário da Saúde
A.V.

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