Um estudo realizado por cientistas do Instituto de Psiquiatria, Psicologia e Neurociência do King’s College de Londres, aponta que o risco de psicose é cinco vezes maior entre usuários diários de maconha em relação as pessoas que não consomem a droga. Em contrapartida, o uso de haxixe, uma forma mais branda da maconha, não aumenta o risco de psicose, afirma o estudo, que acompanhou 780 pessoas.
De acordo com a coordenadora da pesquisa Marta Di Forti, as pessoas que nunca tinham experimentado maconha, usuários de maconha do tipo ‘skunk’ – mais potente – tiveram um risco três vezes maior de psicose em comparação com às pessoas que não usaram. Ela ainda destaca que o risco de psicose em usuários de maconha depende da frequência do uso e da potência da droga. A psicose refere-se a delírios ou alucinações que podem estar presentes em certas condições psiquiátricas, como esquizofrenia e transtorno bipolar.
O ‘skunk’ contém mais THC (tetrahidrocanabinol) do que outras variações da cannabis, principal ingrediente psicoativo da maconha. Já o haxixe contém quantidades substanciais de outro produto químico chamado canabidiol, ou CBD. Pesquisas sugerem que o CBD pode agir como um antídoto para o THC, contra-atacando os efeitos colaterais psicóticos.