Por conta do risco iminente de colapso de uma mina petroquímica da Braskem, a Prefeitura de Maceió decretou situação de emergência.
A mina localizada no Lagoa Mundaú, no bairro do Mutange, pode ocasionar a formação de grandes crateras na região. Devido ao risco, a área está desocupada desde a quinta-feira, 30, e a Defesa Civil municipal recomendou que embarcações e a população evitem transitar no local até nova atualização. No dia 29, o Hospital Sanatório no bairro Pinheiro, vizinho ao Mutange passou por evacuação devido ao risco.
Assim, a Defesa Civil de Maceió emitiu um alerta máximo devido ao risco iminente. De acordo com o município, já ocorreram cinco tremores de terra somente no mês de novembro.
“Não sabemos a intensidade, mas é certo que grande parte da cidade irá sentir. Se houver uma ruptura nessa região podemos ter vários serviços afetados, a exemplo do abastecimento de água de parte da cidade e também o fornecimento de energia e de gás. Com certeza, toda a capital irá sentir os tremores se acontecer essa ruptura dessas cavernas em cadeia”, afirmou o coordenador-geral da Defesa Civil do Estado, coronel Moisés Melo.
Equipes da Defesa Civil Nacional e do Sistema Geológico Brasileiro estão no estado para acompanhar a situação. O governador de Alagoas, Paulo Dantas, pediu uma audiência com a presidência da república para tratar sobre o assunto.
Em nota, a Braskem informou que a situação vem se intensificando e que estão sendo tomadas todas as medidas cabíveis para a diminuição do impacto. De acordo com a empresa, ela segue acompanhando e compartilhando os dados de monitoramento em tempo real com as autoridades competentes.
As minas da empresa em Maceió são cavernas abertas para a extração de sal-gema. Desde 2019, elas estavam fechadas, no período o Serviço Geológico Brasileiro confirmou que a atividade provocou o afundamento do solo na região.
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