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Luzes da rua podem atrapalhar o sono

Você já imaginou que a iluminação da rua pode atrapalhar seu sono? Pois bem, um estudo feito pela Universidade de Stanford (EUA) mostrou que a relação entre a grande quantidade de iluminação exterior “as luzes da rua” reduz a nossa exposição à escuridão, podendo afetar o sono.

Segundo o Dr. Maurice Ohayon, da Universidade de Stanford. “O nosso mundo tornou-se uma sociedade  24/7 (24 horas por dia, sete dias por semana). Usamos iluminação exterior, as luzes da rua, para nos tornamos mais ativos durante a noite e para aumentar a nossa segurança. A preocupação é que reduzimos a nossa exposição à escuridão, o que pode estar afetando o nosso sono,” explica o Dr. Ohayon.

Para chegar a essa conclusão, a equipe de Ohayon estudou 15.863 pessoas durante um período de oito anos. Foram acompanhados hábitos de sono, qualidade do sono, bem como distúrbios médicos e psiquiátricos.

Luzes da civilização

Para saber a quantidade de luz ao ar livre que essas pessoas estavam expostas durante a noite foram usados dados noturnos do Programa de Satélites Meteorológicos dos EUA. Os dados de satélite mostram que as pessoas que vivem em áreas urbanas com 500.000 habitantes ou mais estão expostas a luzes noturnas 3,5 vezes mais intensas do que as pessoas que vivem em cidades pequenas e áreas rurais.

O cruzamento dos dados mostrou que a luz noturna afeta a duração do sono e está significativamente associada com distúrbios do sono.

Sono e luz

As pessoas que vivem em áreas com luz mais intensa mostram-se 6% mais propensas a dormir menos de seis horas por noite do que as pessoas em áreas com luz menos intensa. Elas também são mais propensas a não se sentirem satisfeitas com a sua quantidade ou qualidade de sono do que as pessoas em áreas mais escuras – 29% e 16% de insatisfação, respectivamente.

Pessoas com alta exposição à luz noturna também foram mais propensas a relatar fadiga e têm o sono noturno de menor duração.

Além disso, as pessoas com alta exposição à luz são mais propensas a acordar confusas durante a noite do que as pessoas com baixa exposição à luz, com 19% enfrentando esse problema, em comparação com 13%. Elas também são mais propensas a ter sonolência excessiva e ter suas atividades diurnas prejudicadas – 6% em comparação com 2%.

Sabedoria é uma questão de mente e de coração

As pessoas com frequências cardíacas mais variadas foram capazes de raciocinar de uma forma mais sensata e menos tendenciosa sobre problemas sociais.

Definições de sabedoria

Embora a definição de sabedoria esteja longe de ser consensual, os conceitos mais aceitos incluem a “capacidade de julgamento sensato”, a capacidade de reconhecer os limites do próprio conhecimento, estar ciente dos variados contextos da vida e como eles podem se desdobrar ao longo do tempo, reconhecer os pontos de vista dos outros e buscar a reconciliação de pontos de vista opostos. Não parece tão fácil, embora alguns sugiram que a busca da sabedoria pode começar pela meditação ou pelo balé. Mas parece também que a qualidade de ser sábio pode ter uma base fisiológica, sendo afetada pelas flutuações dos seus batimentos cardíacos. Medições revelaram que a variação da frequência cardíaca e o processo de pensamento trabalham juntos para permitir um “raciocínio sábio” sobre questões sociais complexas.

Raciocínio sensato

“Nossa pesquisa mostra que o raciocínio sábio não é exclusivamente uma função da mente e da capacidade cognitiva,” defende o professor Igor Grossmann, da Universidade Waterloo (Canadá).”Descobrimos que as pessoas que têm maior variabilidade da frequência cardíaca e que são capazes de pensar sobre problemas sociais de um ponto de vista distanciado demonstram uma maior capacidade de raciocínio sensato,” acrescentou. Ou seja, a variação dos batimentos cardíacos parece ser uma característica das pessoas mais sábias – a equipe não tentou induzir variações na frequência cardíaca para ver se a sabedoria dos voluntários aumentava ou diminuía .As pessoas com frequências cardíacas mais variadas foram capazes de raciocinar de uma forma mais sensata e menos tendenciosa sobre problemas sociais quando foram instruídas a refletir sobre uma questão social a partir de uma perspectiva de uma terceira pessoa. Mas quando os participantes foram instruídos a raciocinar sobre a questão a partir de uma perspectiva de primeira pessoa, ou seja, delas próprias, não se verificou nenhuma relação entre a frequência cardíaca e o julgamento mais sensato.

Variabilidade dos batimentos cardíacos

A taxa de batimentos do coração humano tende a flutuar, mesmo durante condições de repouso, como quando uma pessoa está sentada. A variabilidade da frequência cardíaca refere-se à variação no intervalo de tempo entre as pulsações do coração e está relacionada com o controle das funções do órgão pelo sistema nervoso .Os experimentos envolveram a medição da variabilidade da frequência cardíaca com os voluntários em condições de “baixa atividade física’.Os resultados foram publicados no periódico Frontiers in Behavioral Neuroscience.

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