Lula pede fim de mortes por bala perdida: ‘Não pode atirar a esmo”

Após as mortes de uma criança e de um adolescente em ação policial no Morro do Dendê, no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) condenou a expressão “bala perdida” e afirmou que a polícia “não pode sair atirando a esmo”.

“Que bala perdida é essa? Alguém atirou para aquele lado, essa bala não se perdeu, foi atirada para atingir alguém e pegou uma criança. Onde vamos parar com esse comportamento de violência? Não pode é sair atirando a esmo, sem saber para onde atira”, disse Lula, durante o ‘Conversa com o Presidente’.

De acordo com a ONG Rio de Paz, nos últimos dois anos, 16 crianças e adolescentes morreram atingidos por arma de fogo no Rio. Durante o encontro, Lula “pediu policiais mais “bem preparados, instruídos e com bastante inteligência”. Na última semana, o presidente afirmou que a polícia precisa estar preparada para “saber diferenciar o que é um bandido e o que é um pobre que anda na rua”.

Segundo dados do Instituto Fogo Cruzado, 601 crianças e adolescentes acabaram atingidas na região metropolitana do Rio nos últimos sete anos. Do total de baleados, 286 em ações policiais. As demais 315 crianças e adolescentes em outras circunstâncias.

 

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