O savoir vivre não é invenção isolada de quem quer que seja. As boas maneiras que a aristocracia ocidental do século XVI incorporou resultam da aglutinação de padrões de comportamento observáveis em elementos de origem social diversificada, em face do progresso econômico que as camadas médias da sociedade começaram a experimentar – fato que ganharia transparência no século XVIII.
O clero ficou bastante entusiasmado com a incorporação de vários padrões de comportamento e foi, a partir do século XVIII, um grande agrupamento social que se dedicou a divulgar os costumes da corte. A Igreja via nos novos hábitos mecanismos que se prestavam ao controle das emoções, a disciplinar o comportamento e que traziam para o catolicismo aquilo que se desenvolvera como fenômenos seculares.
Jorge Carvalho do Nascimento
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