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Leões estão ameaçados em parte da África

Segundo um estudo  divulgado nesta segunda-feira (26.10) na revista científica PNAS,a população de leões pode ser reduzida pela metade na África nos próximos 20 anos. A situação é pior na região centro-ocidental do continente, onde a probabilidade da redução é de 67% , enquanto no Leste da África, a probabilidade de queda para metade é de 37%. A Proceedings of the National Academy of Sciences, geralmente referida como PNAS, é a publicação oficial da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos que teve sua primeira edição impressa em 1915 e continua a publicar relatórios de pesquisa, comentários, resenhas e artigos especiais.

Os autores do estudo afirmam que o desaparecimento rápido desses magníficos animais em muitas partes do continente está relacionado a uma mudança ecológica que os deixou fora do papel de principal predador.

Em geral, os grandes carnívoros estão diminuindo no mundo todo, mas as tendências variam de acordo com a geografia e a gravidade das ameaças impostas pelos seres humanos. Os leões africanos exemplificam os desafios da conservação dos animais carnívoros: com uma grande perda de habitat, perderam-se as presas, que fugiram para outros lugares ou pereceram. Além disso, há uma matança indiscriminada desses animais para proteger humanos ou rebanhos ou pela falta de regulamentação da caça esportiva, explica reportagem da BBC publicada no UOL.

Os  pesquisadores liderados por Hans Bauer, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, que monitoraram 47 populações de leões no continente africano, desde 1990,  avaliaram a taxa de crescimento de cada população, o que é considerado um trabalho raro, pois há muita dificuldade em confiar nos dados de muitos países e de pesquisas inconsistentes.

A queda populacional espelha, ao mesmo tempo, um padrão maior de perda de fauna nessas regiões, com a redução de muitas outras espécies grandes. Já nos países ao Sul da África, como Botsuana, Namíbia, África do Sul e Zimbábue, onde os leões vivem em sua maioria em reservas fechadas, as populações estão aumentando. Isso sugere a importância de reservas bem gerenciadas e com bom financiamento para a sobrevivência dos animais. O sucesso do Sul se deu em parte devido à reintrodução de leões em reservas pequenas, cercadas.

Os pesquisadores sugerem que os leões devem ser colocados na categoria de espécie “criticamente ameaçada” no Oeste africano e “regionalmente ameaçada” no Leste da África.

*Redação Portal Saúde no Ar

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Jorge Roriz

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