Lázaro Barbosa de Souza, é morto na manhã desta segunda- feira (28/06) em confronto com a polícia após 20 dias de busca, na região de Cocalzinho, estado de Goiás. Acusado de matar uma família em Ceilândia- DF e de cometer sete crimes em Goiás (latrocínios e assassinatos) ele estava sendo procurado desde o dia 09 de junho. Segundo informações da Polícia, Lázaro foi morto por agentes de segurança após um confronto com policiais. Ele chegou a ser encaminhado para um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos
A morte foi confirmada pelo diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Alexandre Ramagem. Procurado por 270 policiais, ele invadiu 11 fazendas, durante esses dias, os moradores da região estavam apavorados, muitos saíram até de suas residências.
Em entrevista a jornalistas, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado disse que as investigações apontam que “houve uma proteção de algumas pessoas, não só no setor rural, mas na cidade de Cocalzinho, que deram guarida para ele ter um local onde dormir, se alimentar”….
O caseiro acusado de proteger Lázaro, foi solto, um fazendeiro que protegeu Lázaro, continua preso. A polícia busca informações para saber as motivações que levarão pessoas a darem proteção a ele. Outras pessoas podem estar envolvidas com as ações criminosas de Lázaro.
A busca pelo acusado mobilizou centenas de policiais lotados no Distrito Federal e em Goiás. Em duas semanas, ele matou pelo menos quatro pessoas, baleou outras três e fez reféns em chácaras. No passado, além dos crimes na Bahia, se envolveu com agressões em Goiás, roubos e estupros em Brasília.
Além do massacre da família Vidal, de acordo com a Polícia Civil, Lázaro coleciona três mandados de prisão em aberto por roubos e estupro, em Goiás, e por um homicídio na Bahia.
Em 2013, após ter sido preso, passou por avaliação feita por uma junta médica. Na época tinha 26 anos, e o laudo apontou características de personalidade agressividade, ausência de mecanismos de controle, dependência emocional, impulsividade, instabilidade emocional, possibilidade de ruptura do equilíbrio, preocupações sexuais e sentimentos de angústia. Ele fugiu em uma das “saidinhas” legais e não voltou. Esse fato requer uma revisão desse benefício aos presos.
Policias se confraternizaram comemorando a morte do criminoso. Na verdade como não existe pena de morte no país, a obrigação da policia é prender e não matar. A execução só é legal quando em confronto, por legítima defesa. A morte de Lázaro, vai ocultar as responsabilidades de pessoas que cometeram crimes com ele ou encomendados a ele , que sem o depoimento do criminoso, dificilmente serão identificadas.
Jorge Roriz