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Kit covid-19 e o alerta para tratamento precoce

Usado por algumas cidades brasileiras no inicio da pandemia do novo coronavírus para tentar frear o crescente número de casos o kit covid-19 gera alerta por organizações de saúde ao redor do mundo. Em maio, a Prefeitura de Porto Feliz em São Paulo produziu feitos 2 mil kits, com custo de R$ 100 mil à prefeitura. Segundo os responsáveis pela produção do kit, forma em torno de  200 tratamentos até o momento em que os pacientes tratados pelo kit evoluíram bem. A prefeitura da cidade diz que usou como exemplo tratamentos realizados na Europa e que é necessário recomendação médica.

Os pacientes receitados para o kit, recebiam em um saco 6 unidades de Hidroxicloroquina, 05 unidades de Azitomicina, 05 unidades de Celacoxibe 200mg e 15 unidades de Metoclopramida. Na embalagem  aviso de uso por 05 dias e as instruções para medicação. Secretaria do Rio Grande do Sul, 159 cidades gauchas que solicitaram da Secretaria Estadual da Saúde para receber cloroquina do Ministério da Saúde em 18 de junho, porém as doses não foram enviadas por falta de estoque.

Divergências

A pedido do presidente Jair Bolsonaro, o Ministério da Saúde, recomendou o tratamento precoce contra a covid-19. A pasta defende o uso de cloroquina ou hidroxicloroquina para todos os casos, dos mais leves aos mais graves, mesmo sem comprovação científica. A Sociedade Brasileia de Infectologia (SBI), enviou nota alertando para os riscos de tratamento precoce. Segundo comunicado “Várias destas divulgações que circulam nas mídias sociais são inadequadas, sem evidência científica e desinformam o público”. A nota ainda defende que  tratamento para os pacientes seja feita de forma individual conforme necessidade do paciente.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), ainda alerta que ainda não existem medicamento que usados de forma precoce impeçam o desenvolvimento da doença. A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) também emitiu nota, referente as publicações do uso de medicamento sem a devida prescrição medica “Redes sociais não são textos médicos e, com frequência, transmitem informações infundadas, impulsionadas por interesses obscuros”, destaca comunicado da SBPT.

Segundo as organizações e sociedades de saúde, o Código de Ética Médica proíbe a divulgação fora do meio científico de tratamentos ou descobertas que não sejam reconhecidas cientificamente por órgão competente.

Veja também: OMS reconhece que transmissão pode ocorrer pelo ar

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