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Justiça autoriza transplante de adolescente nos EUA

Uma boa notícia para quem torcia pelo adolescente Antônio Gleiber Cassiano Júnior, 16, que sofre da Síndrome do Intestino Ultracurto, e que estava internado hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba (PR), desde setembro do ano passado, só se alimentando por sondas. A Justiça Federal de São Paulo determinou que  ele faça o transplante de que precisa nos Estados Unidos. Pela decisão, ele deve viajar nos próximos 15 dias e a União tinha até esta quarta-feira (27) para definir a data da viagem do jovem. O Ministério da Saúde  informou que está tomando todas as medidas para cumprir a decisão judicial, mas que ainda não há data para que o rapaz faça a viagem aos Estados Unidos.

Caso ele não viaje em 15 dias, a União deverá pagar multa de R$ 300 mil por dia de atraso. O procedimento que pode resolver o problema tem custo aproximado de R$ 3,5 milhões e é feito no Jackson Memorial, em Miami.

Em 23 de agosto de 2014, Antônio Gleiber Cassiano Júnior sentiu uma dor intensa na região da barriga, mas foi tratado com analgésicos e liberado. A dor se intensificou e, no mesmo dia, ele voltou a receber atendimento em Campos Gerais (MG), cidade onde mora com a família. Ele foi transferido em 24 de agosto para o Hospital Universitário Alzira Velano, em Alfenas (MG), onde, no dia seguinte, foi diagnosticado e operado. Cerca de 95% do intestino dele foi retirado, mas os médicos perceberam que havia restado apenas 10 centímetros de intestino, sendo que o mínimo necessário para que sobrevivesse seriam 40 centímetros.

“A gente fica feliz, eu quero acreditar, mas só vou ter certeza quando ele estiver dentro do avião. Aliás, só quando o avião estiver pousando lá”, afirmou a mãe, Alessandra Marques Ribeiro, que se mostrou cética a respeito da decisão.

Anteriormente, o governo brasileiro havia argumentado, no processo, que o procedimento poderia ser feito nos hospitais Albert Einstein e Hospital das Clínicas, ambos de São Paulo, mas a família relatou, no processo que, dos seis procedimentos desse tipo realizados no país desde 2010, todos resultaram na morte dos pacientes em um prazo de até seis meses após a realização dos transplantes.

A.V.

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