Além de branco, o mês de janeiro também foi o escolhido para a campanha Janeiro Roxo, em alerta a hanseníase. Atualmente o Brasil é o segundo no ranking entre os países que registraram casos novos da doença. O Estado do Mato Grosso, é o maior em número de casos detectados da doença, sendo considerado hiperendêmico.
A Sociedade Brasileira de Hansenologia – SBH, envia cartas de alerta para todo o Brasil convidando empresas, organizações, associações, sindicatos, educadores, escolas em geral, autoridades, veículos de comunicação e outros públicos a aderirem no mês de conscientização sobre a hanseníase. Em 2016, o Ministério da Saúde oficializou o mês de janeiro e consolidou a cor roxa para campanhas educativas sobre a doença.
Dados na Bahia
Na Bahia, em 2018, foram registrados 2.119 casos novos de hanseníase, mostrando um quadro considerado de “alta endemicidade”, em relação aos parâmetros nacionais. Entre jovens até 15 anos, o estado notificou 126 casos novos, considerado “média endemicidade”. Até o mês de novembro de 2019 foram confirmados 1.832 casos novos na população geral e 110 casos em menores de 15 anos.
Segundo o Boletim Epidemiológico emitido pela Secretaria de Saúde no Estado da Bahia, o grande número de casos em jovens com até 15 anos revela um quadro de carência em informações sobre a doença. O tratamento pode ser feito de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde – SUS. O percentual de cura dos casos novos de hanseníase durante os anos de 2008 a 2018 variou entre 67,7% a 78%. Amargosa conseguiu alcançar 100% de cura. Os índices mais baixos foram registrados em Gandu, Mundo Novo, Teixeira de Freitas e Cruz das Almas. Em novembro de 2019 a Bahia apresenta um percentual de cura de 73,3%.
Sobre a Doença
A hanseníase, é uma doença infecciosa e contagiosa, que causa manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na pele. A doença não é hereditária. É causada pelo bacilo Mycobacterium leprae e sua transmissão acontece de pessoas doentes sem tratamento para pessoas saudáveis, pelas vias aéreas (tosse, espirro, fala). A doença possui tratamento e cura, porém quanto mais cedo o diagnostico, menores são as agressões aos nervos e é possível evitar complicações. O paciente que inicia o tratamento não transmite a doença a familiares.
O programa Saúde em Foco desta sexta-feira (31), falou sobre o assunto, lembrando da importância da campanha janeiro roxo e sobre os cuidados com a pele no verão. Patricia Tosta, entrevistou a consultora de Beleza, Andreia Santos, Maria Jeane, Coordenadora Estadual do Morhan- BA e a Vice Coordenadora do Morhan- BA, Maria das Dores.
Veja entrevista completa: Saúde no Ar
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Por: Joice M Araujo