Por este intermédio, encaminhamos em anexo o artigo INUNDAÇÕES DAS CIDADES E MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL que tem três objetivos: 1) demonstrar que está havendo uma mudança drástica no clima da Terra graças ao aquecimento global que está contribuindo para a ocorrência de inundações nas cidades que se repetem de forma cada vez mais catastrófica em seus efeitos; 2) propor medidas para combater a mudança climática global; e, 3) propor medidas visando preparar as cidades para enfrentar eventos climáticos extremos. Recentemente, ocorreram enchentes que expõem a vulnerabilidade das cidades da Europa e da China ao clima mais extremo. Depois das enchentes que mataram pessoas na Alemanha, Bélgica e China foi reforçada a mensagem de que são necessárias mudanças significativas para preparar as cidades para enfrentar eventos similares no futuro. Os governos precisam admitir que a infraestrutura que construíram no passado para as cidades, mesmo em tempos mais recentes, é vulnerável a esses eventos de clima extremo. Para lidar com as inundações que serão cada vez mais frequentes, os governos precisam agir simultaneamente em três direções: a primeira consiste em combater a mudança climática global; a segunda consiste em preparar as cidades para enfrentar eventos extremos no clima e a terceira consiste em implantar uma sociedade sustentável nas esferas nacional e global.
Este artigo deixa bem claro que, para fazer frente com que as cidades lidem com eventos climáticos extremos, é preciso que seja realizado o controle de inundações. O controle de inundação diz respeito a todos os métodos usados para reduzir ou impedir os efeitos prejudiciais da ação das águas. As medidas de correção e prevenção para minimizar os danos causados pelas inundações são classificadas, de acordo com sua natureza, em medidas estruturais e não estruturais. As medidas estruturais são aquelas que envolvem obras de engenharia visando a prevenção e / ou a correção de problemas decorrentes de inundações. Medidas não estruturais são aquelas que buscam prevenir e / ou reduzir os danos e consequências das inundações, não por meio de obras de engenharia, mas pela introdução de normas, regulamentos e programas que visam, por exemplo, disciplinar o uso e ocupação do solo, implementação de sistemas de alerta e conscientização da população.
Neste artigo, fica bem claro que os cientistas consideram que o aumento da temperatura média do planeta resulta do efeito estufa que é responsável pelos efeitos severos da mudança climática dela resultando a inclemência de chuvas e consequentes inundações. O Acordo de Paris sobre o clima aponta que serão necessárias medidas drásticas para reduzir gases de efeito estufa e evitar aquecimento de mais de 2 graus Celsius (°C) até o fim do século XXI. É por tudo isto que é um imperativo construir uma nova sociedade que seja sustentável do ponto de vista econômico, social e ambiental. Para alcançar o desenvolvimento sustentável, é preciso que o mundo enfrente o desafio de não permitir que o aumento da temperatura média global seja maior do que dois graus Celsius no século XXI que torna um imperativo reduzir as concentrações de dióxido de carbono (e equivalentes) para 450 ppm (partes por milhão). Além disso, é preciso reduzir a quantidade de óxido nitroso (gás que atinge a camada de ozônio e aumenta o aquecimento global) liberado na atmosfera que pode mais que dobrar em meados do século XXI. Para isso, as emissões globais terão que ser reduzidas abaixo dos níveis de 1990. Para construir uma sociedade planetária sustentável, é importante a existência de um governo mundial para coordenar as estratégias com os governos nacionais de combate à degradação ambiental e à mudança climática. Pelo exposto, para evitar futuras inundações catastróficas nas cidades, é preciso dotá-las das condições para enfrentá-las e preparar o planeta Terra para combater a mudança climática global.
Por: Fernando Alcoforado