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Insegurança alimentar aguda atinge 345 milhões no mundo

O Programa Mundial de Alimentos (WFP, na sigla em inglês) revelou nesta quarta-feira (24), que o número de pessoas que enfrentam insegurança alimentar aguda em todo o mundo mais que dobrou desde 2019 e chegou a 345 milhões.

De acordo com o programa, o aumento recorde tem ralação com a pandemia da Covid-19. Bem como, aos conflitos como a guerra da Ucrânia – que gerou crises de distribuição de grãos e alta no petróleo – e às mudanças climáticas.

Segundo revela a WFP, antes da pandemia, 135 milhões sofriam de fome aguda em todo o mundo. Em entrevista a Reuters, Corinne Fleischer, diretora regional do WFP. Disse que o impacto dos desafios ambientais é outro fator desestabilizador que pode levar à escassez de alimentos e levar a conflitos e migração em massa.

No Oriente Médio e no norte da África, o impacto da crise na Ucrânia teve repercussões massivas, disse Fleischer.

“O Iêmen importa 90% de suas necessidades alimentares. E eles tiraram cerca de 30% do Mar Negro”, disse Fleischer.

Para países exportadores de petróleo como o Iraque, que se beneficiaram do aumento dos preços do petróleo após o início da guerra na Ucrânia, a segurança alimentar está em risco.

O Iraque precisa de cerca de 5,2 milhões de toneladas de trigo, mas produziu apenas 2,3 milhões de toneladas de trigo, disse ela. O restante tinha que ser importado, que custava mais caro. Contudo, mesmo com o apoio do Estado, secas severas e crises recorrentes de água estão colocando em risco a subsistência de pequenos proprietários em todo o Iraque.

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