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Iniciativa para reduzir mortalidade neonatal é lançada em Salvador

O Ministério da Saúde lançou nesta segunda-feira (17) um conjunto de ações denominado Estratégia Qualineo, com o objetivo de reduzir a mortalidade neonatal. A iniciativa foi apresentada em Salvador e será implantada, inicialmente em dez estados prioritários, nos quais morrem mais de 11 bebês para cada mil nascidos vivos: Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Piauí, Roraima e Sergipe.

 De acordo com o levantamento do Ministério da Saúde, a Bahia tem a segunda maior taxa de mortalidade de recém-nascidos: são 13,7 para cada mil nascidos vivos em 2014. O estado fica atrás somente do Amapá, onde a taxa é de 16,2. A média brasileira é de 9,9 para cada mil nascidos vivos. O plano integra, segundo a Agência Brasil, outros programas já existentes do Ministério da Saúde e dá continuidade à Rede Cegonha, que atende as mães desde o planejamento reprodutivo até a gestação, pré e pós-parto.

“No Brasil, hoje, a gente tem a prematuridade como carro-chefe da morte neonatal. A prematuridade está relacionada à assistência materna. Então, se tem muito prematuro, eu tenho que ver como essa mulher está sendo assistida. Se o bebê morre até seis dias de nascido eu também posso responsabilizar a atenção básica, na gestação”, explicou a conselheira técnica do ministério Liliane Augusto, que vai coordenar e acompanhar o preparo das equipes. Também estão entre as causas de risco as infecções adquiridas após o nascimento ou durante a gestação, como a sífilis e a microcefalia possivelmente decorrente do vírus Zika, e malformações que demandam assistência ao recém-nascido.

O subsecretário de Saúde da Bahia, Adil José Duarte Filho, comemorou a iniciativa de implementar melhores práticas para diminuir a mortalidade neonatal. “Com a melhora dessas práticas, a gente consegue melhorar os resultados”, disse. Durante três dias, a partir desta segunda, 40 profissionais ligados a maternidades de Salvador selecionadas participarão de oficinas de qualificação. Os serviços serão monitorados e avaliados por 24 meses.

 Aqueles que melhorarem o atendimento e, consequentemente, reduzirem as taxas de mortalidade neonatal, receberão o Selo Qualineo de certificação, concedido pelo Ministério da Saúde. A partir daí, as unidades com o reconhecimento passarão a qualificar outros estabelecimentos e profissionais.

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