Muitos casais vivem o sonho de ter filhos. A experiência da maternidade e paternidade é muito mais ampla e complexa, gerando forte impacto físico e emocional.
Ao receber o diagnóstico da infertilidade, assim como a exclusão das possibilidades naturais para conceber um filho, os casais vivem um período de crise vital, reativando antigas angústias, conflitos e promovendo uma desestabilidade na estrutura psíquica dos sujeitos.
Quando os casais buscam as clínicas de tratamento, quase na maioria dos casos, estão em um estado emocional de fragilidade, ansiosos e desgastados por um processo de busca por ajuda que já pode ter sido longo e difícil até então, assim o apoio médico é fundamental.
A médica especialista em reprodução humana, Gérsia Viana revelou ao Saúde no Ar alguns fatores que interferem no tratamento. De acordo com ela, em muitos casos os homens tem resistência até para realizar o exame mais básico, que é o espermograma, deixando a carga de responsabilidade em cima da parceira.
Outra maneira de identificar sinais de infertilidade é observando os ciclos menstruais. “Se a mulher tem ciclos muito variáveis, é sinal de que algo pode estar influenciando na ausência de fertilidade. Procurar um médico é sempre a alternativa mais indicada.”
Gérsia também alerta para a necessidade de iniciar um tratamento cada vez mais cedo. “O trabalho preventivo deve ser feito logo que se percebe a dificuldade. Recomendamos aos pacientes com mais de 35 anos que não espere mais de seis meses de tentativas para iniciar o tratamento. E nos casos de mulheres com mais de 40 anos recomendamos a procura médica imediatamente.”
No entanto, a infertilidade não deve, em nenhum caso, ser atribuído apenas a disfunções emocionais. “Não podemos atribuir somente ao estresse. Estudos recentes provaram que sim a ansiedade influencia. Por isso o casal precisa ter acompanhamento psicológico. Quando o médico não encontra a causa, através de exames. Deve se propor ao casal alternativas”, explica Gérsia Viana, especialista em reprodução humana.
Ainda segundo a médica a infertilidade não é eterna. Há tratamentos de diferentes maneiras para que o casal consiga ter seus descendentes. Desde dezembro de 2012, o Ministério da Saúde passou a oferecer o tratamento para infertilidade pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Onde foi determinado que fossem destinados 10 milhões de reais para nove centros de saúde do país.
Os serviços oferecidos são: indução da ovulação, coito programado, inseminação intrauterina, fertilização in vitro e injeção intracitoplasmática de espermatozoide. Os exames necessários para o diagnóstico e tratamento do casal também são oferecidos pelo próprio hospital, entre eles: espermograma, histerossalpinogradia, ultrassonografia, dosagens hormonais e sorologias infecciosas.
Canais de ajuda- Devido ao alto custo e das dificuldades de conseguir gerar um bebê, algumas instituições desenvolvem maneiras de apoiar famílias neste importante momento. O Saúde no Ar lista abaixo algumas:
Cadê meu neném? É uma plataforma online desenvolvida por uma mulher que passou pelo tratamento para engravidar. O site se propõe a esclarecer todas as dúvidas sobre esse processo.
Grupo de Apoio às Portadoras de Endometriose e Infertilidade – O GAPENDI é um grupo de apoio às Portadoras de Endometriose e Infertilidade, que tem por objetivo acolher, informar e divulgar a doença.
Pesquisas recentes sobre o tema:
Defeito em proteína pode ser uma das causas de infertilidade masculina
Distúrbios Menstruais x Infertilidade x Glicemia
Hospital Baiano atende casais gratuitamente: O Hospital da Mulher, primeiro hospital especializado no atendimento à mulheres do Norte-Nordeste, localizado no Largo de Roma, em Salvador, mantém uma equipe multidisciplinar para atender casais que têm tido algum tipo de dificuldade para engravidar, seja ela já diagnosticada ou não. Para ter acesso aos serviços, as pacientes precisam ser encaminhadas pelos seus médicos, por meio da Central Estadual de Regulação.
A unidade oferece o chamado aconselhamento reprodutivo, onde se investiga, diagnostica e disponibiliza tratamento para os casos de baixa complexidade e que não precisem de manipulação de sêmen ou óvulo. O setor avalia o potencial reprodutivo das pacientes, caso tenham que passar por algum tipo de cirurgia, como nos casos de endometriose. O Hospital da Mulher dispõe também de acompanhamento psicológico para as pacientes e também para os companheiros, tratamentos nas áreas de ginecologia, mastologia, oncologia e alguns exames, como tomografia, ultrassom, mamografia e exames de laboratório.
Ouça na integra a entrevista da médica Gérsia Viana, ao Saúde no Ar e saiba outros detalhes:
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