Impressão 3D mostra imagem real do bebê aos futuros pais ainda durante a gravidez

Com o avanço da tecnologia já é comum em algumas clínicas de imagens a  busca de exames de ultrassons em 3D de futuros mamães e papais, ansiosos para obter mais informações sobre o seu neném.  Essa curiosidade, compreensível quando se trata de saber se a criança terá algum problema de saúde que possa ser evitado a do exame, tem um outro lado nada saudável: alguns pais querem saber o formato e os traços do futuro bebê através do feto, tipo como será o nariz, a boca, os olhos e o cabelo. Para quê? Essa é uma pergunta que muitos se fazem.

O exame da nova geração – 3D – vem atualmente ganhando espaço e deslumbrando a estética em diversas clinicas particulares da capital baiana, ofuscando muitas vezes a finalidade principal que é detectar as doenças precocemente. “O 3D tem como objetivo diagnosticar as doenças cromossômicas, mas o principal uso atual é na área estética, oferecendo aos pais a visibilidade do feto em três dimensões – rosto, mãos e pés”, salienta a médica ultrassonografista, Maria Emília Garder, da Clínica Delfin Imagem. A médica destaca que com o avanço da tecnologia, o exame 3D oferece uma imagem mais próxima do real, detalhando o formato do rosto do bebê – detectando se o nariz é redondo, grande ou pequeno, além de conseguir perceber os traços dos pais e dos avós – através do feto.

Na Bahia, os aparelhos utilizados nos exames de ultrassom são considerados de alta tecnologia, não deixando a desejar, em comparação aos serviços prestados em outros Estados. “Estamos entre os primeiros com a tecnologia avançada de modo geral, melhor ou tão boa quanto qualquer cidade do sudeste”, ressalta a especialista em ultrassonografia, ao enfatizar que com o avanço da tecnologia, muitas vezes é possível fazer inclusive cirurgias intrauterina, dentro do próprio útero.

O acesso da população, de forma geral, ao exame é difícil, considerando-se os preços pouco acessíveis nas clínicas privadas, e a indisponibilidade dos exames, nos serviços públicos, “O ideal é que todos tivessem acesso a essa tecnologia. “Existem nos serviços públicos, também aparelhos de ponta, mas devido a demanda enorme que existe e a pouca quantidade de oferta, fica difícil o acesso da população de modo geral”, sinaliza a ultrassonografista. Para as pessoas que se interessam em realizar os exames, mas não possuem condições financeira para isso, a médica indica a Caliper Escola de Imagem – uma instituição projetada pelos professores universitários, Manoel Sarno e Marcelo Aquino que, em parcerias com outros profissionais atuam no aperfeiçoamento em ultrassonografia – por oferecer os serviços a custos mais baixos.

A nova tecnologia do exame 3D na Europa, em países como a Estônia, por exemplo,  entusiasma os casais que planejam ter filhos. Nesses casos, o novo exame na república europeia, oferece aos pais, uma lembrança diferente no período da gravidez. Trata-se de um molde do feto feito ainda dentro da barriga – uma técnica aliada a ultrassom tridimensional com impressão 3D – um processo de alta tecnologia, fazendo com os pais possam ter em mãos a projeção do bebê antes de vir ao mundo.

Na Bahia, a tecnologia do exame 3D, ainda não chegou a este nível, mas a sua utilidade tem revolucionado tanto a parte estética, na realização dos exames de gravidez, quanto nos diagnósticos das variadas doenças, como nódulos endometriais – caracterizando dados delimitados, nódulos de tireoide, e particularmente, no uso em ginecologia obstetrícia.

Lúcio Oliveira

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