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Importância das férias

Depois de passar um ano inteiro trabalhando ou estudando, é natural que qualquer pessoa esteja aguardando ansiosamente as tão sonhadas férias, sinônimo de descanso físico e mental. É hora de repor as energias perdidas no dia-a-dia. Até aqui, nenhuma novidade. Porém, apesar de a maioria se preocupar em usufruir momentos de lazer, há casos em que o ócio pode significar um verdadeiro tormento, chegando, em casos extremos, a gerar males como resfriado, fadiga excessiva, dores de cabeça ou musculares. Os especialistas começam a diagnosticar esse distúrbio como a síndrome do lazer, que pode causar danos à saúde em médio e longo prazos.

“A dificuldade em relaxar é um problema que vem se agravando. Tem gente, inclusive, que utiliza as férias no trabalho ou na faculdade para fazer cursos. Ou seja, não permite que o organismo se revigore”, diz o psicólogo Luiz Gonzaga Leite. Como as férias são um período necessário na vida do ser humano, em que se deve procurar gozá-lo da melhor forma possível, o ideal é planejar como o tempo será empregado. No entender do terapeuta, se a pessoa tiver somente dez dias de descanso, por exemplo, o ideal é utilizá-los para realmente descansar a cabeça, se divertir, conhecer pessoas diferentes da sua rotina.

Para os especialistas, o importante é reservar um tempinho para se “desligar” das atribulações que mais causam estresse. Quem não consegue relaxar pode estar sofrendo do fenômeno que começa a ser disseminado e que surge apenas nas férias ou finais de semana prolongados. É o caso do laboratorista Lucas Lemos, que sempre reclama de gastrite nas semanas que antecedem as suas férias. “Todo ano é a mesma coisa”, diz.

Mudança de ambiente

Segundo o psicólogo Ivan Gross, a principal causa para justificar o estresse durante as férias está relacionada com a transição do ambiente de trabalho para o ambiente de lazer. “A competição exacerbada dos dias de hoje faz com que a pessoa necessite estar sempre bem informada, mesmo durante o período de descanso”, admite. Assim, muitos não conseguem desligar o telefone celular nem deixar de acessar diariamente seus e-mails na internet. Conforme Gross, a pessoa pode conviver satisfatoriamente com o estresse causado no trabalho, mas também sofrer com o estresse provocado pelo relaxamento das férias.

O psicólogo ressalta que gozar trinta dias de férias todo ano está se tornando, cada vez mais, uma conquista para poucos. Seja por receio de estar longe das decisões importantes, seja por medo de ser considerado dispensável ou, até mesmo, por não agüentar ficar parado. Por isso, nos primeiros dias longe do trabalho, o corpo e a mente ainda não perderam o ritmo do ano inteiro de trabalho. É comum, nesse período, o organismo se rebelar e manifestar distúrbios que ficaram latentes o ano todo. “É por isso que muita gente sofre com gripes, dores, crises nervosas ou de hipertensão quando relaxa nas férias”, avisa.

Depois dessa confusão inicial, o corpo encontra equilíbrio na nova rotina. Mas essa sensação maravilhosa logo desaparece com a aproximação do retorno. Resumindo, gozar férias também causa desgaste, por mais contraditório que pareça. Por tudo isso, muitos especialistas defendem que as férias deveriam ser divididas em quatro períodos de uma semana. O fracionamento faz com que a tensão não se acumule tanto e as pessoas não percam um tempo muito extenso para se desligar.

Na prática, são as circunstâncias que decidem: “Não abro mão do descanso, mas raramente consigo tirar mais de uma semana de férias”, diz o empresário Nelson Carvalho, que, mesmo nesse período, fica com o celular da empresa ligado.

Algumas dicas para não tornar suas férias um pesadelo

· Procure mudar de ambiente, mas evite radicalismos.

· Evite modificar completamente a sua rotina.

· Procure entender o comportamento das pessoas que o acompanham nas férias.

· Não se esqueça de programar atividades para as crianças.

· Planeje o quanto vai gastar com antecedência.

· Relaxe e viva esse momento sem culpa.

· Desligue o celular e esqueça a internet.

· Se bater tédio ou ansiedade, procure as atividades mais parecidas com o seu ritmo habitual de trabalho.

· Se a viagem não estiver agradando, não hesite, mude o roteiro ou volte para casa.

Fonte: TRTribuna

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Henri Mett

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